Novos ataques dos EUA contra barcos no Pacífico deixam 14 mortos

Novos ataques dos EUA contra barcos no Pacífico deixam 14 mortos

Secretário de Defesa, Pete Hegseth, disse que embarcações transportavam narcóticos e que uma pessoa sobreviveu

EUA atacam quatro barcos no Pacífico • Reprodução/Pete Hegseth

Porto Velho, RO - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou nesta terça-feira (28) que as Forças Armadas americanas realizaram ataques contra quatro embarcações no leste do Oceano Pacífico, resultando na morte de 14 pessoas; uma pessoa teria sobrevivido e sido resgatada por autoridades mexicanas. 

Segundo Hegseth, as embarcações eram operadas por organizações que Washington classificou como “narcoterroristas” e transitavam por rotas conhecidas do tráfico de drogas. Ele afirmou que todos os ataques ocorreram em águas internacionais e que nenhuma força americana foi ferida. 

Hegseth detalhou o balanço por embarcação: oito homens a bordo da primeira, quatro na segunda e três na terceira — totalizando 15 no relato parcial — e afirmou que as operações seguiram protocolos de inteligência que identificaram as embarcações como parte do tráfico. Em sua publicação nas redes sociais, o secretário advertiu que esses “narcoterroristas” serão tratados da mesma forma que a Al-Qaeda: “Vamos rastreá-los, criá-los em rede e, então, caçá-los e matá-los”, escreveu. 

Autoridades americanas disseram que iniciaram os procedimentos padrão de busca e resgate e que o caso do sobrevivente foi assumido pelas autoridades mexicanas. Observadores e especialistas têm cobrado maior transparência sobre as evidências que ligariam as vítimas ao tráfico e levantado questões legais sobre o uso de força letal em águas internacionais, em um contexto de crescente campanha militar regional anunciada pela administração. 

Este ataque faz parte de uma série de operações marítimas anunciadas pelas autoridades dos EUA contra embarcações suspeitas de traficar drogas nas áreas do Caribe e do Pacífico desde setembro — medidas que já geraram controvérsia e pedidos de esclarecimento por parte de legisladores e entidades internacionais.

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