Governo do RJ defende uso da força em megaoperação e diz que ação seguiu diretrizes do STF

Governo do RJ defende uso da força em megaoperação e diz que ação seguiu diretrizes do STF

Em resposta ao Supremo Tribunal Federal, gestão de Cláudio Castro afirmou que o nível de força empregado foi “compatível” com as ameaças enfrentadas durante incursão no Complexo da Penha

Porto Velho, RO - O governo do Rio de Janeiro afirmou, em manifestação enviada nesta segunda-feira (3/11) ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o “nível de força” utilizado na megaoperação realizada na última terça-feira (28/10), no Complexo da Penha, foi “compatível com as ameaças letais enfrentadas”. O documento foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ADPF das Favelas, que monitora as ações policiais no estado.

De acordo com o governador Cláudio Castro (PL), a operação — considerada a mais letal da história do Rio, com 121 mortos, entre eles 117 suspeitos e 4 policiais — foi planejada ao longo de dois meses, com base em mais de um ano de investigações sobre o Comando Vermelho (CV), alvo principal da ação.

“Diante desse contexto, o nível de força adotado pelas equipes policiais mostrou-se compatível com as ameaças letais enfrentadas e limitou-se à dotação institucional padrão: fuzis e pistolas semiautomáticos, armas de menor letalidade e viaturas blindadas”, diz o texto assinado por Castro.

O governador argumentou ainda que os criminosos usavam vestes camufladas e armamento de grosso calibre, incluindo fuzis, armas de alta potência e drones, o que justificaria o grau de resposta adotado pelas forças de segurança. A operação foi classificada como de “nível tático máximo”, segundo o governo.

No total, participaram da ação cerca de 2.000 agentes, sendo 650 policiais civis e 1.800 militares, com apoio de drones, dois helicópteros, 32 veículos blindados e 12 veículos de demolição. O balanço também aponta 122 armas apreendidas, além de duas toneladas de maconha e 22 quilos de cocaína.

Em meio às críticas e questionamentos sobre possíveis violações de direitos humanos, o governo fluminense alegou que todas as diretrizes da ADPF 635 foram observadas, com uso de câmeras corporais, ambulâncias de prontidão e equipes médicas de suporte.

“A operação foi conduzida em observância às diretrizes da ADPF das Favelas e às normas internas das corporações, reafirmando o compromisso do Governo do Estado com a legalidade e a proporcionalidade na área de segurança pública”, afirmou Castro.

A audiência entre Cláudio Castro e o ministro Alexandre de Moraes ocorreu nesta segunda-feira, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Rio de Janeiro.

Fonte: Metrópoles

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