Porto Velho, RO - O mercado financeiro brasileiro viveu mais um dia de euforia nesta terça-feira (11). O dólar registrou forte queda e fechou abaixo de R$ 5,30 pela primeira vez desde junho de 2024, enquanto a Bolsa de Valores teve sua 15ª alta consecutiva, renovando recorde histórico e se aproximando dos 158 mil pontos.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,273, com recuo de 0,64%. A moeda norte-americana chegou a oscilar perto da estabilidade no início das negociações, mas passou a cair com força após a divulgação da inflação oficial de outubro. Na mínima do dia, por volta do meio-dia, chegou a R$ 5,26, menor valor desde 6 de junho de 2024.
Com o resultado, o dólar acumula queda de 1,99% em novembro e de 14,68% em 2025. O euro comercial também recuou, caindo 0,44% e encerrando cotado a R$ 6,108, o menor nível desde fevereiro deste ano.
Recorde histórico na B3
O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em 158.749 pontos, com alta de 1,6%, registrando o 12º recorde seguido. A sequência de 15 altas diárias é a mais longa desde o período entre dezembro de 1993 e janeiro de 1994.
Fatores internos e externos
Analistas apontam que o desempenho positivo do mercado foi impulsionado por fatores internos e externos.
No exterior, o avanço das votações no Congresso dos Estados Unidos para evitar o shutdown (paralisação do governo) derrubou o dólar em todo o mundo.
No Brasil, a divulgação de que a inflação oficial (IPCA) ficou em 0,09% em outubro — o menor resultado para o mês desde 1998 — reforçou o otimismo dos investidores. O dado, abaixo das expectativas, aumentou as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) poderá antecipar cortes na Taxa Selic no início de 2026.
Perspectivas
A ata da última reunião do Copom, divulgada nesta terça-feira, mostrou confiança de que a inflação tende a convergir para a meta mesmo com a Selic mantida em 15% ao ano por um período prolongado. O documento também ressaltou que a aprovação da reforma do Imposto de Renda contribui para um cenário fiscal mais previsível.
Com juros mais baixos no horizonte, investidores têm migrado da renda fixa para a renda variável, impulsionando as ações brasileiras a novos recordes.
Fonte: Agência Brasil