Campeão com o Flamengo mantém recorde pelo Racing há mais de 50 anos

Campeão com o Flamengo mantém recorde pelo Racing há mais de 50 anos

Walter Machado da Silva, o Batuta, é até hoje o único brasileiro artilheiro de um Campeonato Argentino


Silva, o Batuta, defendeu o Racing em 1969 • Divulgação/Racing

Porto Velho, RO - Walter Machado da Silva, o “Batuta”, é um daqueles nomes que atravessam fronteiras e permanecem na memória do futebol, mesmo décadas depois. O mais curioso é que, na década de 1960, a Argentina chegou a lamentar, ainda que em tom de brincadeira, não poder contar com ele em sua seleção — algo quase impensável na época para um jogador brasileiro e negro.

Revelado pelo São Paulo, com passagens marcantes por Flamengo e Corinthians, e até companheiro de Pelé na Seleção Brasileira de 1966, Silva se destacou no Racing, da Argentina, em 1969. Nesse período, ele se tornou o único brasileiro a terminar um Campeonato Argentino como artilheiro, com 14 gols no Metropolitano, consolidando sua fama de centroavante de faro de gol.

Apesar do sucesso dentro de campo, sua família não se adaptou à vida em Buenos Aires, o que levou Silva a retornar ao Brasil após marcar 28 gols em 39 partidas, uma média impressionante de 0,72 gol por jogo. Depois, ainda teve passagens por Vasco, Botafogo, Rio Negro, Junior Barranquilla e Tiquire Flores.

Após se aposentar, trabalhou em categorias de base e no setor social do Flamengo. Em 2020, faleceu aos 80 anos após complicações da Covid-19. Seu legado permanece, especialmente no Racing, onde é lembrado como um “verdadeiro fenômeno com a bola nos pés”.


• Reprodução/El Gráfico
• Reprodução/El Gráfico
"Técnica, personalidade e olfato. Tudo junto em uma mesma pessoa. Tudo junto em um mesmo futebolista. Quem o viu jogar confirma: era um verdadeiro fenômeno com a bola nos pés", diz o site do Racing, que mantém um verbete dedicado ao brasileiro na seção de ídolos.

Após se despedir da Argentina, Walter Machado da Silva defendeu o Vasco, pelo qual foi campeão carioca em 1970. Batuta ainda teria passagens por Botafogo, do Rio; Rio Negro, de Manaus; Junior Barranquilla, da Colômbia; e Tiquire Flores, da Venezuela, onde pendurou as chuteiras.

Trabalhou como auxiliar técnico e treinador nas categorias de base do Flamengo e, a partir da década de 1990, virou funcionário do setor social do clube, na área de eventos.

Em 2020, depois de uma semana internado com Covid-19, morreu no Hospital Pró-Cardíaco do Rio de Janeiro, aos 80 anos.

Fonte: CNN Brasil

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