Banco do Brasil é condenado a pagar mais de R$ 3 milhões ao Condomínio Orgulho do Madeira em Porto Velho, por falhas em obras do Minha Casa Minha Vida

Banco do Brasil é condenado a pagar mais de R$ 3 milhões ao Condomínio Orgulho do Madeira em Porto Velho, por falhas em obras do Minha Casa Minha Vida

Valor será pago ao Condomínio Orgulho do Madeira, que é o autor da ação. A decisão foi tomada por causa de falhas na construção de moradias populares do programa Minha Casa Minha Vida.


Orgulho do Madeira em Porto Velho — Foto: Beatriz Galvão/g1 RO

Porto Velho, RO - A Justiça de Rondônia condenou o Banco do Brasil a pagar mais de R$ 3 milhões em indenização ao Condomínio Orgulho do Madeira, localizado na Quadra 598, em Porto Velho. A decisão foi motivada por falhas na construção das moradias populares do programa Minha Casa Minha Vida.

Além do valor por danos materiais, o banco também deverá pagar R$ 10 mil por danos morais coletivos, já que os problemas afetaram todos os moradores do conjunto habitacional.

De acordo com a sentença, o valor será destinado ao fundo comum do condomínio, administrado pelo síndico ou pela gestão condominial, conforme previsto na convenção interna — e não repassado individualmente aos moradores.

O Banco do Brasil, em nota ao g1, informou que vai se manifestar nos autos do processo.

Problemas estruturais

Uma perícia técnica identificou diversas falhas na estrutura dos prédios, entre elas:

  • Deficiências no sistema de proteção contra raios;

  • Problemas na rede de esgoto e drenagem pluvial;

  • Revestimentos de fachadas e muros danificados;

  • Falta de acessibilidade para pessoas com deficiência;

  • Irregularidades no sistema de combate a incêndio;

  • Iluminação externa insuficiente;

  • Ausência de cercas e portões de segurança;

  • Instalação inadequada de janelas;

  • Infiltrações em tetos dos blocos residenciais.

Segundo o Tribunal de Justiça, o Banco do Brasil atuava como executor da obra, representando o Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), vinculado ao programa habitacional.

Decisão mantida

A decisão foi proferida pela 1ª Câmara Cível do TJ-RO, que rejeitou dois recursos do Banco do Brasil — um para anular a condenação e outro para tentar reabrir o caso.

O relator, desembargador Rowilson Teixeira, afirmou que não havia erros ou omissões na decisão anterior. Para ele, o banco apenas demonstrou insatisfação com o resultado, o que não justificaria a revisão do julgamento.

Fonte: G1-Rondônia

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