Associações rurais de Rondônia criticam operações da Funai e Ibama após erro em demarcação de terra indígena

Associações rurais de Rondônia criticam operações da Funai e Ibama após erro em demarcação de terra indígena


Documento oficial da própria FUNAI confirma equívoco na demarcação da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, mas operação continua atingindo famílias com títulos legítimos do INCRA

Porto Velho, RO - A Associação dos Pecuaristas de Rondônia (Apron) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon) manifestaram, nesta terça-feira (28), indignação com ações da Funai, apoiadas pelo Ibama e pela Força Nacional, que resultaram na destruição de casas, cercas e outras benfeitorias de produtores rurais na região da BR-429, entre Alvorada do Oeste e São Miguel do Guaporé.

Erro técnico reconhecido:

  • O processo nº 08620.005461/2020-35, referente à demarcação da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, possui erro de coordenadas no “Marco 26”, deslocando-o da nascente correta do Rio Norte e Sul e sobrepondo áreas tituladas pelo Incra.

  • A Diretoria de Proteção Territorial da Funai emitiu em 2021 documento técnico recomendando a correção do marco, mas isso nunca foi realizado por alegada falta de recursos.

Impacto nas operações:

  • Produtores rurais continuam tendo suas propriedades afetadas, mesmo após o erro reconhecido.

  • Representantes do setor argumentam que isso fere o princípio da legalidade e ameaça a segurança jurídica do setor produtivo.

Posição das entidades:

  • Apron e Faperon pedem suspensão imediata das operações, instauração de sindicância interna e diálogo institucional urgente entre Funai, Incra, Ministério da Justiça e representantes do setor produtivo.

  • As entidades reforçam solidariedade às famílias atingidas e destacam a necessidade de corrigir o erro técnico para proteger o direito de propriedade.

Declarações:

  • Edson Afonso (produtor e representante sindical): Destaca o erro na localização do Marco 26 e a promessa não cumprida de correção pela Funai.

  • Adélio Barofaldi (presidente da Apron): Afirma que a continuidade das operações sem correção é inaceitável.

  • Hélio Dias (presidente da Faperon): Relembra esforços da federação desde 2020 para mediar o caso, alertando sobre a omissão do Governo Federal.


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