Arrecadação federal soma R$ 216,7 bilhões e atinge maior valor para setembro desde 2000

Arrecadação federal soma R$ 216,7 bilhões e atinge maior valor para setembro desde 2000

Segundo a Receita, a arrecadação federal somou R$ 2,1 trilhões no acumulado do ano, também a maior para o período desde 2000

Serviço do Banco Central tem R$ 9 bilhões para devoluçãoMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Porto Velho, RO - A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 216,72 bilhões em setembro, informou a Receita Federal nesta quinta-feira (23). O valor é o maior para o período desde o ano 2000. As estimativas do mercado financeiro iam de R$ 211,46 bilhões a R$ 265,78 bilhões.

O resultado representa um crescimento de 1,43% em relação a setembro de 2024, já descontada a inflação do período. Frente a agosto de 2025, houve alta real de 3,3%. Comparações entre meses distintos podem ser distorcidas por fatores sazonais.

Segundo o Fisco, a arrecadação com o IOF atingiu R$ 8,455 bilhões, um crescimento real de 33,42% frente a setembro de 2024.

“Esse desempenho pode ser justificado pelas operações relativas à saída de moeda estrangeira e pelas operações de crédito destinadas a pessoas jurídicas, ambas decorrentes de recentes alterações na legislação”, informou a Receita, em nota.

Ainda em maio, o governo editou dois decretos elevando as alíquotas do IOF. O Congresso Nacional derrubou as altas, mas a ação do governo foi parcialmente mantida por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

O IRRF-Capital (Imposto de Renda Retido na Fonte de capital) somou R$ 10,515 bilhões em setembro, alta de 10,21% frente ao mesmo mês do ano anterior, já descontada a inflação.

Nas aberturas, houve altas nominais de 15,04% no item “Aplicação de Renda Fixa (PF e PJ)”, de 12,57% na arrecadação com Fundos de Renda Fixa, e de 154,59% nos Juros sobre Capital Próprio.

A Receita Previdenciária somou R$ 58,164 bilhões, alta real de 1 49%. O resultado, segundo o Fisco, pode ser explicado pelo crescimento real de 6,66% da massa salarial. Além disso, houve uma alta de 20,89% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária.

Ano

A arrecadação federal somou R$ 2,105 trilhões entre janeiro e setembro de 2025, também a maior para o período desde o ano 2000. O resultado é 3,49% maior do que o observado no mesmo período de 2024, já considerando a inflação do período.

A Receita Previdenciária soma R$ 523,689 bilhões no ano, uma alta real de 3,16%, puxada pelo crescimento da massa salarial (6,04%) e de 14,17% no montante de compensações tributárias com débitos de receita previdenciária.

“Houve, também, a reoneração escalonada da contribuição patronal dos municípios e da folha de pagamentos, de acordo com a Lei nº 14.973/24, a partir de janeiro de 2025”, destaca o Fisco.

A arrecadação com PIS e Cofins soma R$ 428,564 bilhões em 2025, alta real de 3,08%, com desempenho positivo de entidades financeiras e da exploração de jogos de azar pelas bets.

Já a receita com o IPI (Imposto de Importação) e o IPI vinculado à Importação soma R$ 92,669 bilhões, crescimento real de 16%, devido à alta de 7,53% na taxa média de câmbio e de 9,06% na alíquota média do IPI.

Arrecadação de setembro de 2025

  • Total arrecadado: R$ 216,72 bilhões

    • Maior valor para o mês desde 2000

    • Expectativa do mercado: R$ 211,46 bilhões a R$ 265,78 bilhões

  • Variações:

    • Alta real (já descontada a inflação) de 1,43% em relação a setembro de 2024

    • Alta real de 3,3% frente a agosto de 2025

Principais tributos

  1. IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)

    • Arrecadação: R$ 8,455 bilhões

    • Crescimento real: 33,42%

    • Justificativa: saída de moeda estrangeira e operações de crédito para pessoas jurídicas, impactadas por alterações recentes na legislação

    • Contexto: aumentos de alíquotas em maio foram parcialmente mantidos pelo STF

  2. IRRF-Capital (Imposto de Renda Retido na Fonte sobre capital)

    • Arrecadação: R$ 10,515 bilhões

    • Crescimento real: 10,21%

    • Destaques:

      • Aplicações de renda fixa (PF e PJ): +15,04%

      • Fundos de renda fixa: +12,57%

      • Juros sobre Capital Próprio: +154,59%

  3. Receita Previdenciária

    • Arrecadação: R$ 58,164 bilhões

    • Crescimento real: 1,49%

    • Explicações:

      • Massa salarial +6,66%

      • Compensações tributárias com débitos previdenciários +20,89%

Arrecadação acumulada janeiro–setembro 2025

  • Total arrecadado: R$ 2,105 trilhões

    • Maior valor para o período desde 2000

    • Crescimento real: 3,49% em relação a 2024

Principais tributos

  1. Receita Previdenciária

    • Total: R$ 523,689 bilhões

    • Alta real: 3,16%

    • Motivos:

      • Massa salarial +6,04%

      • Compensações tributárias +14,17%

      • Reoneração escalonada da contribuição patronal (Lei nº 14.973/24)

  2. PIS e Cofins

    • Total: R$ 428,564 bilhões

    • Alta real: 3,08%

    • Destaques: desempenho positivo de instituições financeiras e exploração de jogos de azar pelas bets

  3. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e IPI vinculado à importação

    • Total: R$ 92,669 bilhões

    • Crescimento real: 16%

    • Motivos:

      • Taxa média de câmbio +7,53%

      • Alíquota média do IPI +9,06%

💡 Observações gerais

  • Setembro de 2025 apresentou uma arrecadação recorde para o mês.

  • Tributos ligados a operações financeiras e investimentos (IOF e IRRF-Capital) puxaram crescimento acima da média.

  • Receita Previdenciária e tributos sobre consumo (PIS/Cofins e IPI) mostraram estabilidade com crescimento moderado.

  • A combinação de ajustes legislativos, variação cambial e expansão da massa salarial explica boa parte do desempenho positivo.


Fonte: R7

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