
Porto Velho, RO - A descoberta do corpo do empresário Tiago N., natural do Espírito Santo e residente em Costa Marques (RO), provocou forte comoção na região e levantou inúmeros questionamentos nas redes sociais. O corpo foi encontrado em uma área rural de São Francisco do Guaporé, após o empresário ter sido sequestrado dias antes por criminosos que, segundo testemunhas, usavam uniformes semelhantes aos da Polícia Civil.
A Polícia Civil de Rondônia (PC-RO) confirmou a instauração de inquérito para apurar o caso e identificar todos os responsáveis pelo sequestro e pela morte do empresário, conhecido por sua atuação no setor agropecuário.
Suspeitas e questionamentos da comunidade
Um dos pontos que mais chamou a atenção da população foi o uso de vestimentas que simulavam fardas policiais durante o crime. A semelhança gerou suspeitas e especulações sobre a possível participação de agentes públicos, o que levou a Polícia Civil a se manifestar oficialmente.
Nas redes sociais, moradores expressaram indignação e cobrança por respostas rápidas e transparentes. Comentários apontam para a necessidade de esclarecer se houve uso indevido do nome da instituição ou envolvimento de pessoas com acesso a informações privilegiadas. Outros internautas também destacaram a importância de investigar a motivação e a autoria intelectual do crime, levantando a hipótese de execução encomendada.
Polícia Civil nega envolvimento
Em nota, a Polícia Civil de Rondônia afirmou que não há qualquer vínculo da corporação com o crime.
Segundo o comunicado, os criminosos se passaram por policiais civis apenas para facilitar o sequestro e enganar as vítimas.
“A ação criminosa não teve relação com a instituição. Os indivíduos utilizaram indevidamente uniformes e símbolos para simular uma operação policial”, esclareceu o órgão.
Luto e solidariedade
Enquanto aguardam esclarecimentos, familiares e amigos de Tiago N. têm recebido manifestações de pesar de moradores da região e de pessoas que o conheciam profissionalmente. Nas redes sociais, são comuns as mensagens que descrevem o empresário como “trabalhador e respeitado”, além de pedidos por justiça e transparência nas investigações.
Investigação em andamento
Até o momento, a Polícia Civil não divulgou detalhes sobre prisões, autores identificados ou a tipificação do crime — se trata-se de latrocínio, homicídio ou execução. As equipes seguem mobilizadas para reunir provas, ouvir testemunhas e concluir o inquérito.
O caso segue sob investigação da Delegacia de Polícia Civil de Costa Marques, com apoio de unidades de São Francisco do Guaporé e do Departamento de Polícia do Interior (DPI).