
Porto Velho, RO - A situação entre Israel e o Hamas voltou a se agravar após a ordem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para que as Forças Armadas israelenses realizassem ataques imediatos e “poderosos” contra alvos em Gaza, nesta terça-feira (28).
Segundo o governo israelense, a decisão veio após uma suposta violação do cessar-fogo por parte do Hamas, que teria atacado forças israelenses em uma área sob controle de Israel. O grupo palestino, por sua vez, nega a acusação e diz que é Israel quem tem descumprido o acordo, tentando criar pretextos para retomar as operações militares.
A tensão aumentou depois de uma disputa sobre a devolução dos corpos de reféns. Netanyahu acusou o Hamas de entregar restos mortais de outra pessoa, o que teria violado o acordo. O Hamas respondeu dizendo que adiaria a entrega do corpo de um refém encontrado em um túnel em Gaza, alegando violações israelenses ao cessar-fogo.
A imprensa israelense relatou trocas de tiros em Rafah, no sul de Gaza, embora o Exército de Israel não tenha confirmado oficialmente os confrontos.
O cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos continua oficialmente em vigor, mas vem sendo constantemente ameaçado por acusações mútuas. Pelo acordo, o Hamas libertou todos os reféns vivos em troca da libertação de cerca de 2.000 prisioneiros palestinos, enquanto Israel retirou suas tropas e suspendeu a ofensiva militar.
O grupo palestino também se comprometeu a entregar os restos mortais de reféns mortos, mas argumenta que o processo é complexo e demorado, devido à destruição causada por dois anos de guerra. Israel, por outro lado, afirma que o Hamas tem acesso aos restos mortais e estaria protelando as devoluções.
👉 Em resumo: o cessar-fogo entre Israel e Hamas está por um fio, com trocas de acusações, episódios de violência pontual e decisões políticas que podem levar à retomada dos combates em Gaza.