Brasileiras que foram presas na Alemanha após terem malas trocadas por bagagens com drogas chegam ao Brasil

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Brasileiras que foram presas na Alemanha após terem malas trocadas por bagagens com drogas chegam ao Brasil


Jeanne Paollini e Kátyna Baía chegaram a Goiás nesta sexta-feira. Ao g1, Irmã de Kátyna contou como foi o voo de volta; confira.


Porto Velho, RO - 
As brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, que foram presas na Alemanha após terem as malas trocadas por bagagens com droga, chegaram ao Brasil nesta sexta-feira (14). A informação foi confirmada ao g1 por Lorena Baía, irmã de Kátyna. Questionada sobre como foi o voo, Lorena desabafou.

"O voo foi tranquilo! Choramos por diversas vezes, mas foi um choro de alegria, alívio e gratidão!", falou.


Lorena explicou que toda a família já está reunida em Goiânia. As brasileiras saíram da prisão na última terça-feira (11), após uma decisão do Ministério Público da Alemanha.



Jeanne Paollini e Kátyna Baía bebendo cerveja após serem soltas na Alemanhã — Foto: Reprodução/Redes sociais


No Instagram, o diplomata Alexandre Vidal Porto compartilhou uma foto de Júlio Junqueira, funcionário do Consulado do Brasil na Alemanha, amparando Kátyna Baía e uma foto da família antes do embarque (veja abaixo).


Funcionário do Consulado do Brasil em Frankfurt ao lado de Kátyna Baía, que foi presa na Alemanha com Jeanne Paollini após ter mala trocada por droga — Foto: Reprodução/Redes Sociais


Família de Kátyna Baía e Jeanne Paollini, que foram presas após ter mala trocada por droga na Alemanha, posam com membros do Consulado do Brasil antes de embarcar para o Brasil — Foto: Arquivo Pessoal/Alexandre Vidal Porto


Soltura das brasileiras

As brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía estavam presas na Alemanha desde o dia 5 de março. De acordo com Chayane Kuss de Souza, advogada de defesa das brasileiras, elas foram inocentadas e não precisa esperar nenhum trâmite processual.


"Não precisa de chancela do juiz. Elas serão soltas hoje. Na Alemanha funciona assim. A legislação permite que quando o Ministério Público arquiva o processo, que peça então que sejam liberadas", explicou Chayane.


Antes da soltura


Mais cedo, o consulado informou que um representante do governo brasileiro já estava no centro de detenção provisória. Diferente do Brasil, na Alemanha o Ministério Público pode autorizar este tipo de liberação sem antes passar por um juiz.

"Não existe precedentes na Alemanha de que o Ministério Público tenha agido tão ativamente", falou a defensora.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, também conhecido como Itamaraty, divulgou uma nota, nesta terça-feira, informando que recebeu com satisfação a informação da soltura das brasileiras. A nota diz ainda que o Consulado-Geral do Brasil em Frankfurt fez visitas no presídio e intermediou contato com os familiares e advogados de Kátyna e Jeanne. O Itamaraty também falou que "manteve coordenação estreita" com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que enviou provas pedidas pela Justiça alemã.


Jeanne Paollini e Kátyna Baía com a família após deixarem prisão na Alemanha por terem malas trocadas por outra com drogas - Goiás — Foto: Reprodução/Instagram


Presas após troca de etiquetas de malas

O sonho de viajar 20 dias pela Europa acabou em prisão por tráfico internacional de drogas em 5 de março desse ano, horas antes de desembarcar em Berlim, na capital da Alemanha, o primeiro país que as goianas Jeanne Paolline e Kátyna Baía queriam conhecer. Elas também planejavam conhecer a Bélgica e a República Tcheca.


Lorena, irmã de Kátyna, conta que elas planejaram a viagem com muita antecedência. O objetivo dos dias pela Europa era celebrar um novo momento da vida profissional dela.


Jeanne Paollini e Kátyna Baía em viagem em Paris, na França — Foto: Reprodução/Redes sociais


A prisão do casal em Frankfurt, a última conexão que faria antes de Berlim, motivou uma operação da Polícia Federal para descobrir o que aconteceu com as malas que foram despachadas em Goiânia e nunca chegaram ao país europeu.


Em Frankfurt, a polícia apreendeu no bagageiro do avião duas malas com 20kg de cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna. A prisão aconteceu na fila de embarque da escala, sem que elas pudessem ter visto as malas.


A Polícia Federal em Goiás começou a investigar o caso após a prisão das goianas e disse que elas são inocentes. Vídeos apurados pela PF mostram quando duas mulheres chegam ao aeroporto de São Paulo, despacham bagagem com droga que levou brasileiras à prisão na Alemanha e vão embora em 3 minutos (veja abaixo).

Jeanne conta que, na hora da prisão, não entendeu o que estava acontecendo.


“Eu caminhei algemada pelo aeroporto de Frankfurt, escoltada por vários policiais, sem saber o que estava acontecendo. Só depois de muito tempo que chegou uma intérprete que informou que nós estávamos sendo presas por tráfico de drogas. E assim que o policial apresentou as supostas malas, nós falamos de imediato que aquelas malas não eram nossas”, disse Jeanne.


As imagens das câmeras de seguranças do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mostram o desembarque de duas malas, uma branca e uma preta.


Funcionário trocou etiquetas de malas de brasileiras que estavam em contêiner, em São Paulo — Foto: Reprodução/Fantástico


Essas malas foram despachadas no aeroporto goiano, mas no meio do caminho, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior do Brasil, as etiquetas foram trocadas por funcionários terceirizados que cuidavam das bagagens (veja foto acima).


Segundo a Polícia Federal, nas escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no aeroporto de origem e só pega de volta no destino final, ou seja, Jeanne e Kátyna nem viram a troca das bagagens e das etiquetas.


Fonte: G1

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