O corpo da criança foi encontrado na noite de sábado (1º), parcialmente enterrado dentro de um saco plástico, após intensas buscas da Polícia Militar e da Polícia Científica. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi asfixia mecânica por sufocação. O corpo foi liberado no domingo (2) e será sepultado nesta segunda-feira (3), no Cemitério do Cristo, na capital paraibana.
As investigações apontam que Davi, residente em Santa Catarina, viajou até a Paraíba alegando o desejo de se reaproximar do filho, que vivia com a mãe. Na sexta-feira (31), ele buscou o menino para passar o dia juntos. Horas depois, a criança desapareceu, gerando uma mobilização de familiares e autoridades.
A reviravolta ocorreu no domingo (2), quando o próprio Davi telefonou para a mãe da vítima, confessou o assassinato e indicou o local onde havia enterrado o corpo. Em seguida, ele se apresentou espontaneamente em uma delegacia de Florianópolis (SC), onde foi preso.
“Ele afirmou que matou o filho e contou onde havia ocultado o corpo. Foi até a delegacia em Florianópolis e se apresentou”, informou o delegado Bruno Germano, responsável pela investigação.
Peritos constataram ainda uma queimadura no ombro da vítima, possivelmente causada pela exposição ao sol após a morte.
A Polícia Civil segue apurando as motivações e circunstâncias do crime, que provocou forte comoção e debate público sobre saúde mental, violência doméstica e a vulnerabilidade de crianças com deficiência.
Autoridades classificam o caso como um dos mais tristes e impactantes dos últimos anos no estado, pela crueldade e pela quebra do vínculo mais sagrado: o amor entre pai e filho.