EUA sancionam presidente colombiano Petro, citando drogas ilícitas

EUA sancionam presidente colombiano Petro, citando drogas ilícitas

Gustavo Petro disse que tem combatido o tráfico de drogas por décadas

© Reuters

Porto Velho, RO -  A imposição de sanções diretas ao presidente colombiano é um ato raro e extremamente simbólico — geralmente reservado a líderes acusados de corrupção sistêmica, violações de direitos humanos ou envolvimento direto em atividades ilícitas. A justificativa apresentada por Washington, de que Petro teria “permitido que os cartéis florescessem”, insere o mandatário colombiano no mesmo patamar de isolamento diplomático de Nicolás Maduro (Venezuela) e Vladimir Putin (Rússia).

Pontos-chave da situação:

  • Sanções pessoais: Petro, sua esposa, seu filho e o ministro do Interior, Armando Benedetti, foram incluídos na lista de sanções. Isso implica congelamento de bens sob jurisdição americana e proibição de transações com cidadãos ou empresas dos EUA.

  • Acusações: O governo norte-americano alega que Petro não está reprimindo o tráfico de cocaína e que a produção da droga “explodiu” desde que ele assumiu o poder.

  • Resposta de Petro: O presidente colombiano rebateu duramente, classificando a medida como “um paradoxo completo” e reafirmando que nunca “se ajoelhará”.

  • Contexto político: As sanções ocorrem poucos dias após Donald Trump ameaçar aumentar tarifas sobre produtos colombianos e suspender financiamentos ao país — o que indica um movimento coordenado de pressão econômica e diplomática.

Implicações:

  1. Relações bilaterais deterioradas: A cooperação histórica entre EUA e Colômbia no combate às drogas (Plano Colômbia) pode entrar em colapso.

  2. Impacto interno: Petro pode usar as sanções para reforçar sua narrativa nacionalista e anti-imperialista, buscando apoio político interno.

  3. Efeito regional: A decisão dos EUA envia um sinal de endurecimento a outros governos de esquerda na América Latina.


Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem