Pré-candiato à presidência da entidade máxima do futebol brasileiro, o ex-jogaodor ainda pede que tenha supervisão presencial da FIFA e da Conmebol no dia do pleito: "para dar mais transparência"

Foto: Thais Magalhães/CBF
Porto Velho, RO - Nesta segunda-feira (24), Ronaldo Fenômeno enviou uma carta para a CBF, Fifa, Conmebol e presidentes de clubes da Série A e B com pedidos para a próxima eleição na entidade máxima do futebol brasileiro.
Na última semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou o acordo entre a CBF, cinco dirigentes e a Federação Mineira de Futebol (FMF), legitimando a eleição de 2022 em que Ednaldo Rodrigues foi eleito. A decisão assegura o cumprimento do mandato do atual presidente até março de 2026.
Assim, Ednaldo Rodrigues pode convocar a próxima eleição a partir de 23 de março deste ano. Na carta, Ronaldo cobra transparência do processo e diz que “o modelo dificulta (quiçá, impede) o surgimento de candidaturas alternativas”
A CBF se pronunciou dizendo que recebe a manifestação do ex-camisa 9 com “respeito e atenção”, pontuando que o atual estatuto da CBF foi “revisado pela Fifa” e aprovado pelas 27 federações estaduais.
Empresário e dono do Real Valladolid, Fenônemo anunciou ainda em dezembro a intenção de concorrer à presidência, tornando-se pré-candidato. Para efetivar a candidatura, Ronaldo precisa do apoio de quatro federações e quatro clubes para formar uma chapa.
A última vez que houve uma eleição com dois candidatos, foi em 1989, quando Ricardo Teixeira, apoiado por João Havelange, derrotou Nabi Abi Chedid, candidato do então presidente Giulite Coutinho.
Porto Velho, RO - Nesta segunda-feira (24), Ronaldo Fenômeno enviou uma carta para a CBF, Fifa, Conmebol e presidentes de clubes da Série A e B com pedidos para a próxima eleição na entidade máxima do futebol brasileiro.
O ex-atleta é pré-candidato à presidência da CBF e solicita que a data da votação seja definida com, pelo menos, um mês de antecedência, “a fim de assegurar a organização e participação dos interessados”. Ronaldo ainda pede a supervisão da Fifa e da Conmebol, “para dar mais transparência e segurança jurídica ao processo eleitoral”.
Na última semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou o acordo entre a CBF, cinco dirigentes e a Federação Mineira de Futebol (FMF), legitimando a eleição de 2022 em que Ednaldo Rodrigues foi eleito. A decisão assegura o cumprimento do mandato do atual presidente até março de 2026.
Assim, Ednaldo Rodrigues pode convocar a próxima eleição a partir de 23 de março deste ano. Na carta, Ronaldo cobra transparência do processo e diz que “o modelo dificulta (quiçá, impede) o surgimento de candidaturas alternativas”
A CBF se pronunciou dizendo que recebe a manifestação do ex-camisa 9 com “respeito e atenção”, pontuando que o atual estatuto da CBF foi “revisado pela Fifa” e aprovado pelas 27 federações estaduais.
Empresário e dono do Real Valladolid, Fenônemo anunciou ainda em dezembro a intenção de concorrer à presidência, tornando-se pré-candidato. Para efetivar a candidatura, Ronaldo precisa do apoio de quatro federações e quatro clubes para formar uma chapa.
A última vez que houve uma eleição com dois candidatos, foi em 1989, quando Ricardo Teixeira, apoiado por João Havelange, derrotou Nabi Abi Chedid, candidato do então presidente Giulite Coutinho.
O colégio eleitoral
O colégio eleitoral é formado por:
* 26 federações estauduais + Distrito Federal (peso 3)
* 20 clubes da Série A (peso 2)
* 20 clubes da Série B (peso 1)
Veja a carta de Ronaldo
Prezados Senhores,
Conforme comuniquei publicamente, pretendo me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito. Preocupa-me, no entanto, a falta de transparência e segurança jurídica no processo eleitoral, que pode comprometer a imparcialidade e a legitimidade das eleições.
É notório que, com o estatuto vigente, o presidente em exercício tem controle absoluto de todo o processo – o que, por si só, nos distancia das condições de concorrência leal e isonômica. Além de não contribuir para a integridade do pleito, o modelo dificulta (quiçá, impede) o surgimento de candidaturas alternativas.
Ademais, a crise dos últimos anos no comando da CBF, marcada por uma série de interferências externas e disputas judiciais incompatíveis com a autonomia e grandeza da entidade, maculou sua reputação a nível mundial e colocou em risco a sua independência.
Se existe um fato incontestável nesses anos de imbróglio – que, inclusive, antecede a atual gestão – é que essa sucessão de acontecimentos gerou um sentimento coletivo de insegurança jurídica e afetou negativamente a credibilidade da confederação.
Faltam menos de 16 meses para a próxima Copa do Mundo – chegaremos a 2026 com um jejum de 24 anos sem o título – e tudo que o futebol brasileiro não precisa agora é passar por um processo eleitoral de legitimidade duvidosa. O que precisamos é de tempo para dar voz e espaço aos clubes que, unidos, são ainda mais fortes; para escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados; para que a força da visão compartilhada, no alinhamento estratégico, nos conduza à mudança.
À luz dessas preocupações, solicito que a data para as próximas eleições – cujo prazo estatutário é de um ano a partir de 23 de março de 2025 – seja definida com antecedência mínima de um mês, a fim de assegurar a organização e participação dos interessados.
Solicito ainda que o pleito seja supervisionado presencialmente pela FIFA e pela CONMEBOL, para dar mais transparência e segurança jurídica ao processo eleitoral, bem como alinhamento aos princípios internacionais de governança no futebol. Está nas mãos do colégio eleitoral a oportunidade e a responsabilidade de atender à urgência de um choque de gestão na CBF, que comece por restaurar a confiança na instituição e seja sustentável no longo prazo. Reitero minha completa disposição colaborativa para a reconstrução da credibilidade e proteção do futuro da entidade. O futebol brasileiro é patrimônio público – cabe a nós defendê-lo.
Prezados Senhores,
Conforme comuniquei publicamente, pretendo me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito. Preocupa-me, no entanto, a falta de transparência e segurança jurídica no processo eleitoral, que pode comprometer a imparcialidade e a legitimidade das eleições.
É notório que, com o estatuto vigente, o presidente em exercício tem controle absoluto de todo o processo – o que, por si só, nos distancia das condições de concorrência leal e isonômica. Além de não contribuir para a integridade do pleito, o modelo dificulta (quiçá, impede) o surgimento de candidaturas alternativas.
Ademais, a crise dos últimos anos no comando da CBF, marcada por uma série de interferências externas e disputas judiciais incompatíveis com a autonomia e grandeza da entidade, maculou sua reputação a nível mundial e colocou em risco a sua independência.
Se existe um fato incontestável nesses anos de imbróglio – que, inclusive, antecede a atual gestão – é que essa sucessão de acontecimentos gerou um sentimento coletivo de insegurança jurídica e afetou negativamente a credibilidade da confederação.
Faltam menos de 16 meses para a próxima Copa do Mundo – chegaremos a 2026 com um jejum de 24 anos sem o título – e tudo que o futebol brasileiro não precisa agora é passar por um processo eleitoral de legitimidade duvidosa. O que precisamos é de tempo para dar voz e espaço aos clubes que, unidos, são ainda mais fortes; para escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados; para que a força da visão compartilhada, no alinhamento estratégico, nos conduza à mudança.
À luz dessas preocupações, solicito que a data para as próximas eleições – cujo prazo estatutário é de um ano a partir de 23 de março de 2025 – seja definida com antecedência mínima de um mês, a fim de assegurar a organização e participação dos interessados.
Solicito ainda que o pleito seja supervisionado presencialmente pela FIFA e pela CONMEBOL, para dar mais transparência e segurança jurídica ao processo eleitoral, bem como alinhamento aos princípios internacionais de governança no futebol. Está nas mãos do colégio eleitoral a oportunidade e a responsabilidade de atender à urgência de um choque de gestão na CBF, que comece por restaurar a confiança na instituição e seja sustentável no longo prazo. Reitero minha completa disposição colaborativa para a reconstrução da credibilidade e proteção do futuro da entidade. O futebol brasileiro é patrimônio público – cabe a nós defendê-lo.
Fonte: CNN Brasil
0 Comentários