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Dólar opera em alta — Foto: Karolina Grabowska
Porto Velho, RO - O dólar opera em forte queda nesta quinta-feira, com investidores já repercutindo a nova alta de juros anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC). O estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dados internacionais também ficam no radar.
Na véspera, o Copom decidiu aumentar o ritmo e elevar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual (p.p.), elevando-a de 11,25% para 12,25% ao ano. O colegiado também adotou um tom mais duro no comunicado divulgado após a decisão. (Entenda mais abaixo)
No exterior, dados de inflação ao produtor e de pedidos de auxílio-desemprego dos Estados Unidos ficam sob os holofotes, bem como a nova decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE).
Dólar
Às 10h, o dólar caía 1,23%, cotado a R$ 5,8950. Na mínima do dia, foi a R$ 5,8686. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda norte-americana recuou 1,30%, cotada a R$ 5,9682.
Com o resultado, acumulou:
* queda de 1,70% na semana
* recuo de 0,54% no mês;
* avanço de 22,99% no ano.
No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,06%, aos 129.593 pontos.
Na véspera, o índice fechou em alta de 1,06%, aos 129.593 pontos.
Com o resultado, acumulou:
* avanço de 2,90% na semana
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cairIbovespa
No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,06%, aos 129.593 pontos.
Na véspera, o índice fechou em alta de 1,06%, aos 129.593 pontos.
Com o resultado, acumulou:
* avanço de 2,90% na semana
* alta de 3,12% no mês;
* recuo de 3,42% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O principal destaque desta quinta-feira fica com a nova decisão de juros do Copom, anunciada na véspera, após o fechamento dos mercados.
O comitê decidiu aumentar o ritmo e elevar a Selic em 1 p.p., na maior alta de juros do governo Lula e na maior escalada desde fevereiro de 2022, quando a elevação foi de 1,5 p.p..
No comunicado, o Copom adotou um tom mais duro do que o esperado pelo mercado, falando sobre um cenário "menos incerto e mais adverso" e indicando uma taxa de juros de 14,25% ao ano em 2025.
O BC sempre apresenta um balanço de riscos, que são os fatores que têm levado em conta para suas decisões de juros. A surpresa foi o reforço ao fato de que foram confirmadas as pioras nas expectativas.
No comunicado, indica ainda que seguimos com mais riscos de alta que de baixa de juros, o que explica não só a aceleração do aumento das taxas, como a repetição de novos aumentos a seguir.
Os riscos citados que piorariam as altas foram:
* Uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado: ou seja, de que analistas continuem esperando que a dinâmica de preços persista acima da meta de inflação para os próximos anos.
* Uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo: isto é, que os preços do setor de serviços, o principal da economia brasileira, continuem surpreendendo, porque os níveis de oferta e demanda estariam ficando cada vez mais próximos, causando um desequilíbrio da inflação.
* Uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada: seria o caso em que o aumento da percepção de risco na economia faria a moeda brasileira perder ainda mais força, piorando a inflação pelo reajuste de preços na cadeia de produção.
"Com isso, o BC deixou de correr atrás da curva de juros e, agora, está à frente da curva. E o mercado hoje deve reagir a isso, corrigindo o movimento", afirmou o diretor-geral da MoneYou, Jason Vieira.
A atenção dos investidores estava voltada para a nova decisão de juros do Copom, prevista para ser divulgada após o fechamento dos mercados.
Ainda no cenário doméstico, o mercado também segue atento ao estado de saúde do presidente Lula que, nesta quinta-feira, precisou passar por mais um procedimento para evitar um novo sangramento na cabeça. O procedimento aconteceu ainda pela manhã e, segundo o médico responsável, foi "um sucesso".
A técnica não é considerada uma cirurgia, mas um "procedimento endovascular (embolização de artéria meníngea média)" e não vai influenciar na previsão de alta da UTI, que deve ser nesta quinta. A intervenção faz parte do protocolo pós-cirúrgico.
Por fim, o quadro fiscal do país continua no radar, em meio ao receio de que a aprovação do novo pacote de cortes de gastos do governo federal possa enfrentar resistência no Congresso Nacional e diante da aprovação da regulamentação da reforma tributária pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
No exterior, o foco fica com novos dados de inflação ao produtor nos EUA, após a divulgação dos preços ao consumidor na véspera. O indicador é uma das principais variáveis consideradas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para a condução de juros do país.
Dados de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos e a decisão de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) também ficam na mira dos investidores.
"Com isso, o BC deixou de correr atrás da curva de juros e, agora, está à frente da curva. E o mercado hoje deve reagir a isso, corrigindo o movimento", afirmou o diretor-geral da MoneYou, Jason Vieira.
A atenção dos investidores estava voltada para a nova decisão de juros do Copom, prevista para ser divulgada após o fechamento dos mercados.
Ainda no cenário doméstico, o mercado também segue atento ao estado de saúde do presidente Lula que, nesta quinta-feira, precisou passar por mais um procedimento para evitar um novo sangramento na cabeça. O procedimento aconteceu ainda pela manhã e, segundo o médico responsável, foi "um sucesso".
A técnica não é considerada uma cirurgia, mas um "procedimento endovascular (embolização de artéria meníngea média)" e não vai influenciar na previsão de alta da UTI, que deve ser nesta quinta. A intervenção faz parte do protocolo pós-cirúrgico.
Por fim, o quadro fiscal do país continua no radar, em meio ao receio de que a aprovação do novo pacote de cortes de gastos do governo federal possa enfrentar resistência no Congresso Nacional e diante da aprovação da regulamentação da reforma tributária pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
No exterior, o foco fica com novos dados de inflação ao produtor nos EUA, após a divulgação dos preços ao consumidor na véspera. O indicador é uma das principais variáveis consideradas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para a condução de juros do país.
Dados de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos e a decisão de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) também ficam na mira dos investidores.
Fonte: G1
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