Governo cria grupo de trabalho para monitorar preço do petróleo

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Governo cria grupo de trabalho para monitorar preço do petróleo


Anúncio de grupo de trabalho foi feito nesta segunda-feira (15/4). Ministro Alexandre Silveira defendeu atenção para resposta a emergências

Porto Velho, RO - Após o ataque do Irã a Israel, no fim de semana, o governo brasileiro anunciou a criação de um grupo de trabalho (GT) para monitorar o preço do petróleo. A informação foi dada nesta segunda-feira (15/4) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista coletiva após reunião do G20.

Silveira foi questionado sobre os impactos do evento no mercado brasileiro e nos mecanismos para proteção nacional. Ele respondeu que os conflitos ainda estão na fase de “ensaio”, mas salientou que é importante estar atento para qualquer emergência “mais vigorosa”.

“É importante que a gente esteja atento. O ministério está debruçado [sobre o assunto], hoje mesmo eu já fiz uma reunião cedo com a Secretaria de Petróleo, Gás e Biocombustíveis a fim de que a gente possa, no grupo que acabei de criar de monitoramento permanente da oscilação do preço do brent [petróleo], estar atento e agindo de pronto com os mecanismos que nós temos e que respeitem a governança do setor privado e, também, da própria Petrobras”, destacou.

Silveira acrescentou que não conversou com a Petrobras sobre o conflito e frisou que qualquer medida tomada vai respeitar a governança da companhia. “Ainda não conversei com a Petrobras. O ministério tem um papel muito distinto do da Petrobras”, explicou.

E completou: “Nosso diálogo é permanente com a Petrobras. Primeiro, nós fizemos essa reunião para poder avaliar a crise internacional, chegamos à conclusão de montar esse grupo de trabalho, mas, durante o dia, com certeza, nossos contatos serão intensos, não só com a Petrobras, mas com as distribuidoras, com os outros membros da cadeia de suprimento, para que a gente esteja preparado para possíveis e maiores escaladas internacionais, que eu espero que não aconteçam”.

Ele ainda reforçou que essa escalada foge à esfera de gestão brasileira, e o que cabe ao ministério é acompanhar de perto para que haja “o mínimo risco” de falta de suprimento.

Distribuição de dividendos

Perguntado sobre a distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas da Petrobras, Silveira respondeu: “São coisas completamente distintas. Esse assunto não está na mesa”, ressaltou.

Em março, a companhia decidiu pela não distribuição de dividendos avaliados em R$ 43,9 bilhões, o que acarretou em uma queda de R$ 55,3 bilhões no valor de mercado da estatal. A não distribuição dos recursos passou pelo aval do governo federal.

Na votação do Conselho de Administração sobre o tema, cinco conselheiros indicados pelo governo e representantes dos trabalhadores se manifestaram contra a distribuição dos dividendos. Os quatro prepostos de acionistas minoritários votaram a favor da partilha de 100%.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, balança no cargo e vem sido alvo de fritura por integrantes do próprio governo.

Conflito no Oriente Médio

O conflito no Oriente Médio agravou no último sábado (13/4) após os iranianos atacarem os israelenses com drones e mísseis. O governo iraniano alegou que o ataque seria uma resposta a um ataque aéreo israelense à seção consular da embaixada iraniana em Damasco, capital da Síria, em 1º de abril.

Segundo a imprensa americana, o presidente Joe Biden deixou claro ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em conversa por telefone no fim de semana, que os EUA não apoiariam um contra-ataque.

Até agora, o Brasil só se pronunciou oficialmente sobre os ataques do Irã a Israel por meio de uma nota divulgada pelo Itamaraty no sábado na qual dizia acompanhar o ocorrido com “grave preocupação”.

Ao ataque do Irã se somam a Guerra na Ucrânia e o conflito na Faixa de Gaza.

Fonte: Metrópoles

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