SINTERO EM DEBATE #1: Violência contra Mulher e as Mulheres Estudam Mais são temas do primeiro episódio

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SINTERO EM DEBATE #1: Violência contra Mulher e as Mulheres Estudam Mais são temas do primeiro episódio


Programa, que vai ao ar uma vez por mês, debate assuntos de interesse da sociedade rondoniense.

Porto Velho, RO - O episódio de estreia do SINTERO EM DEBATE acontece no mês das Mulheres. A escolha pelo mês que traz em destaque o Dia Internacional da Mulher, 08 de março, mostra as lutas já enfrentadas e que aquelas ainda são pautas vivas no dia a dia da mulher.
 
“Violência contra mulher (feminicídio)” e “Mulheres estudam mais e ganham menos que os homens” são temas os abordados neste primeiro episódio do programa, que teve como apresentadora, Rosa Negra, Diretora da Secretaria de Gênero e Etnia do SINTERO e as convidadas Dioneida Castoldi – Presidenta SINTERO e Sandreia Costa – Presidenta Conselho Estadual da Mulher. Assista SINTERO EM DEBATE #1 abaixo:

Feminicídios em Rondônia: Um Olhar sobre os Dados Alarmantes

Em meio ao cenário nacional de aumento dos casos de feminicídio, Rondônia se destaca como um dos estados com taxas preocupantes. De acordo com o relatório publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) na quinta-feira (7), em 2023 o estado registrou uma taxa de 2,4 mortes para cada 100 mil mulheres, colocando-o em segundo lugar junto com Acre e Tocantins, atrás apenas de Mato Grosso.

Os números refletem uma tendência alarmante de crescimento desse tipo de crime em Rondônia, contribuindo para a estatística nacional que atingiu o patamar mais alto desde a inclusão do feminicídio no Código Penal brasileiro, em 2015.Com 1.378 casos registrados em 2023, o Brasil enfrenta um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior.

A pesquisa do FBSP também leva ao destaque sobre a subnotificação do feminicídio, especialmente em estados como Rondônia. Embora os dados oficiais revelam uma parte da realidade, há uma preocupação crescente com a possibilidade de que muitos casos não sejam identificados como feminicídios, impactando diretamente nas estatísticas e na compreensão do problema.
No âmbito regional, o Centro-Oeste desponta como líder em casos de feminicídio por região, com uma taxa preocupante de dois casos a cada 100 mil mulheres. Essa realidade reforça a necessidade urgente de políticas e ações voltadas para a prevenção e combate à violência de gênero em Rondônia e em todo o país.

As vítimas podem buscar auxílio em Delegacias Especializadas da Mulher ou em qualquer Delegacia de Polícia, mesmo fora do horário comercial. É essencial que medidas concretas sejam tomadas para garantir a segurança e proteção das mulheres em Rondônia e em todo o país, combatendo essa grave violação dos direitos humanos.

Outro tema debatido durante o primeiro episódio do SINTERO EM DEBATE#1 foi sobre: "A desigualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro"
Os dados da 3ª edição do estudo "Estatística de Gênero - Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil", conduzido pelo IBGE com base na PNAD Contínua e na Pesquisa Nacional da Saúde, revelam uma persistente disparidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiro. Em 2022, embora as mulheres representassem 39,3% dos ocupados em cargos gerenciais, os salários ainda eram significativamente menores em comparação aos homens nesses mesmos cargos, recebendo apenas 78,8% do rendimento deles.

Essa disparidade salarial é observada em quase todas as atividades, exceto em áreas como saúde e educação. Apesar do investimento em educação por parte das mulheres, o estudo aponta que esse fator não se traduz necessariamente em maiores salários. Em 2022, embora a proporção de mulheres com nível superior completo fosse maior do que a dos homens, elas continuavam enfrentando desafios no mercado de trabalho, especialmente relacionados à maternidade.

A maternidade continua sendo uma barreira para a carreira das mulheres, conforme indicado pelo estudo. A presença de crianças no domicílio resultou em uma menor participação das mulheres no mercado de trabalho, enquanto aumentou a ocupação dos homens. Diante desses desafios persistentes, as mulheres estão optando por adiar a maternidade para idades mais avançadas, refletindo em uma queda da taxa de fecundidade entre 2018 e 2022. Enquanto isso, o trabalho doméstico e parcial ainda recai de forma desproporcional sobre as mulheres, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, destacando a necessidade contínua de medidas para combater a desigualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro.

Fonte: Sintero-RO

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