Governo cumprirá acordos firmados com Lira, diz Rui Costa sobre Orçamento

Governo cumprirá acordos firmados com Lira, diz Rui Costa sobre Orçamento


Na abertura do Ano Legislativo, presidente da Câmara declarou que o Orçamento não pertence ao Executivo e exigiu que os compromissos realizados fossem respeitados

Porto Velho, RO - 
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira (7) que o governo cumprirá os acordos firmados com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a respeito do Orçamento de 2024. A declaração, feita em meio à tensão entre Lira e o governo do presidente Lula (PT), ocorreu durante evento em São Paulo.

“Eu participei no fim do ano do diálogo direto com Lira, e o acordo que fizemos será cumprido, que foi incorporar as emendas de comissão no valor de R$ 11 bilhões. Este foi o acordo. O que foi colocado para além disso não faz parte do acordo”, disse Rui Costa.

“Eu concordo integralmente com o texto dele [Lira], acordo é para ser cumprido. E o acordo era de R$ 11 bilhões, que já é bastante, somados de R$ 50 bilhões, que já é 50% da capacidade de investimentos discricionários do Brasil, que está na mão do Parlamento. Quem no mundo tem algo parecido com isso? Acho que ninguém”, completou o ministro.

Na segunda-feira (5), durante a cerimônia de abertura do Ano Legislativo, Lira declarou que o Orçamento não pertence somente ao Executivo e exigiu que acordos firmados sejam cumpridos.

“O Orçamento é de todos e de todas os brasileiros e brasileiras. Não é, e nem pode ser, de autoria exclusiva do Poder Executivo e, muito menos, de uma burocracia técnico que, apesar do seu preparo e eu não discuto, não foi eleita para escolher as prioridades da Nação e não gasta a sola do sapato percorrendo os pequenos municípios brasileiros, como nós parlamentares, senadores e deputados”, disse Lira na ocasião.

Lira criticou trabalho de Padilha para interlocutores de Lula

O presidente da Câmara fez chegar críticas ao presidente Lula sobre o trabalho do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, como supostas promessas não cumpridas de nomeações em estatais e liberações de emendas.

Conforme apurou a CNN, Lira levou sua insatisfação com a articulação política do governo ao ministro Rui Costa. Segundo relatos, Lula disse a interlocutores que entende a insatisfação de Lira, mas deixou claro que pretende manter Padilha no cargo.

O veto de Lula a R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares para preservar investimentos dos ministérios não ajudou. Segundo congressistas, o valor total das emendas teria sido negociado com o ministro da articulação política.

Pessoas próximas a Padilha apresentam dados que mostram que o governo Lula liberou mais emendas do que a gestão Bolsonaro, mas isso não convence os parlamentares que, naquela época, dispunham do orçamento secreto e decidiam quando e para onde iam os recursos.

Aliados de Lira, no entanto, negam a pressão para a troca do ministro das Relações Institucionais e dizem que o presidente da Câmara sabe que essa é uma prerrogativa do presidente da República.

Fonte: CNN Brasil

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