Galerista americano: suspeito de ser o executor do assassinato aponta ex-marido da vítima como mandante do crime

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Galerista americano: suspeito de ser o executor do assassinato aponta ex-marido da vítima como mandante do crime


Informação foi passada num segundo depoimento de Alejandro Triana Prevez aos policiais da Delegacia de Homicídios da Capital

Porto Velho, RO - O cubano Alejandro Triana Prevez, suspeito de matar o galerista americano Brent Sikkema, disse, em novo depoimento à polícia, que o ex-marido da vítima, o também cubano Daniel García Carrera, foi o mandante do crime. Brent e Daniel estavam separados desde 2023. A informação foi antecipada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo GLOBO. Em depoimento, Prevez confessou que, para cometer o crime, lhe foi prometida a quantia de US$ 200 mil, ou seja, cerca de R$ 1 milhão. Nesta quinta-feira, o Ministério Público do Rio pediu a conversão da prisão em flagrante de Prevez em preventiva, assim como a decretação de prisão preventiva para Carrera.

O crime aconteceu em janeiro deste ano, na casa de Sikkema, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. Prevez foi preso acusado de ser o executor do assassinato e está no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da capital.

A informação sobre o mandante da morte de Sikkema foi passada aos policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) num segundo depoimento de Prevez, na semana passada. De acordo com Prevez, Carrera lhe confidenciou que o galerista estaria pagando baixos valores de pensão, enquanto tinha altos gastos com festas, drogas e garotos de programa. O ex da vítima também teria se demonstrado preocupado com um novo relacionamento de Sikkema, já que o namoro poderia lhe prejudicar na repartição de bens.

Segundo Prevez, no dia do crime, ele entrou na residência da vítima com uma chave enviada por Carrera, motivo pelo qual não havia nenhum sinal de arrombamento.


Dias que antecederam o crime

Dois dias antes de ser assassinado no Rio, o galerista americano levava uma rotina normal. Na tarde de quinta-feira, saiu de sua casa no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, para comprar cortinas e móveis para seu novo endereço no Leblon. Na ocasião, estava acompanhado de um motorista particular, uma amiga e o filho dela. A chave do novo imóvel seria entregue cinco dias depois, na terça-feira. Acostumado a passar datas comemorativas na capital fluminense, ele havia programado a viagem para o Natal para decorar o apartamento recém-adquirido. Os planos, no entanto, foram interrompidos por um crime brutal.

Na mesma data, no caminho de volta para casa, Sikkema realizou uma chamada de vídeo para um rapaz, que não foi identificado. Segundo o motorista particular do americano, na ligação, ele disse que amava a pessoa com quem falava: “I love you” (“eu amo você”, em português), teria dito antes de finalizar a ligação. De acordo com a testemunha, o homem com quem Sikkema falava “se tratava de um jovem, de pele morena”.

A sua amiga e advogada, Simone Nunes, o galerista havia informado que teria um encontro romântico às 19h30 daquele quinta-feira. A ela, Sikkema também contou ter conhecido alguém pouco antes do Natal e disse estar apaixonado. Ele também teria brincado com a amiga: “bem, acho que preciso de um cachorro e não de um namorado”, relatou a advogada à polícia.

Ao Brasil, o galerista havia trazido 40 mil dólares, que seriam destinados a despesas anuais e a compras da mobília. Na sexta-feira, antevéspera do crime, Simone não encontrou com o americano, tendo falado com ele apenas às 22h05, por mensagem. Na conversa, ambos combinaram uma reunião para o dia 15, que seria para uma prestação de contas — já que a advogada administrava os bens do americano quando ele estava fora do país. De acordo com ela, na data combinada, Sikkema também deixaria um cartão de crédito com a amiga para a aquisição de novos itens para seu apartamento.


Sem contato

O último contato entre Sikkema e Nunes foi na sexta-feira. Na data estipulada para o encontro, a advogada resolveu mandar uma mensagem para o americano. No entanto, ao entrar na conversa com o amigo, percebeu que ele não entrava no aplicativo desde às 0h04 de domingo. Como o galerista costumava ficar on-line, ela estranhou.

A primeira mensagem enviada ao americano, segundo relatou Nunes à polícia, foi às 11h30 de segunda-feira. No texto, pedia confirmação para a reunião de ambos, que estava marcada para às 13h. Sikkema não respondeu, nem mesmo visualizou as mensagens. Às 16h46, a advogada tentou novo contato, sem sucesso. Então, resolveu pedir um carro por aplicativo e ir à casa do galerista, chegando lá às 17h10.

18 facadas

Brent Sikkema foi morto com 18 facadas no tórax e rosto. Seu corpo foi encontrado por sua amiga Simone Nunes, na segunda-feira. A vítima estava em sua casa, na Rua Abreu Fialho, no Jardim Botânico. Segundo a advogada, o suspeito — identificado como Alejandro Triana Prevez, que foi preso na madrugada da última quinta-feira — teria levado joias e um valor equivalente a R$ 180 mil, entre dólares e reais.

Vídeos obtidos pela polícia mostram que a casa do americano foi vigiada durante 14 horas. Nas imagens, o cubano aparece chegando ao local por volta das 14h20 daquele sábado. Ele ficou nas proximidades até 3h57 de domingo, data do crime. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) afirma não ter dúvidas de que o crime tenha sido premeditado. Além do monitoramento da vítima, o suspeito teria deixado o ar-condicionado do local do crime ligado para “chamar menos atenção”, segundo o delegado titular da especializada, Alexandre Herdy.

Fonte: O Globo

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