Dá para sonhar, Flu? City chega ao Mundial com números modestos e dúvidas

Postagens Recentes

3/recent/post-list

Mundo

3/Mundo/post-list

Geral

3/GERAL/post-list

Dá para sonhar, Flu? City chega ao Mundial com números modestos e dúvidas


Pep Guardiola, técnico do Manchester City, dá bronca em Erling Haaland

Porto Velho, RO - 
O Manchester City é o favorito para conquistar o Mundial de Clubes e defende uma longa hegemonia europeia. Nas últimas 10 edições do torneio, o título ficou com o vencedor da Champions League.

Mas, se o Fluminense e os outros adversários precisam de motivos para sonhar com uma supresa, os números ajudam: a campanha do time de Pep Guardiola na temporada 2023-24 está longe de ser assombrosa como em outros tempos.

Quando a bola rolar para Al-Ittihad e Auckland City, partida que abre o campeonato às 15h de hoje (horário de Brasília), quem olhar a tabela da Premier League verá o Manchester City na quarta posição, com 33 pontos ganhos após 16 rodadas.

De todas as temporadas desde a chegada de Pep Guardiola, apenas uma vez o clube esteve tão mal a essa altura da Liga Inglesa: no primeiro ano do catalão, em 2016-17, o City também era o 4º, com a mesma pontuação. Em 2017-18, no melhor início de campeonato de sua história, os Citizens chegaram a 46 pontos em 16 jogos, com 15 vitórias e um empate.

Desde que Guardiola chegou a Manchester há sete anos e revolucionou o clube — e a própria Premier League —, o City conquistou cinco títulos e só perdeu dois: para o Chelsea, no ano de estreia do treinador; e na temporada 2019-20, quando o Liverpool fez a melhor campanha de sua história e ficou com a taça.

Defesa mais frágil

A defesa sólida sempre foi uma marca do Manchester City sob o comando de Guardiola. O treinador catalão tem como preferências táticas defender com uma linha alta e manter a posse de bola para aplicar um conceito que parece óbvio, não fosse de difícil execução: "Se o rival não tem a bola, ele não te ataca".

Só que o sistema defensivo não tem funcionado como em outros tempos. Com 26 gols sofridos em 24 jogos, o City tem um média de 1,08 gol sofrido nesta temporada. A média é a pior sob o comando de Guardiola, superando até a do primeiro ano de trabalho: 60 gols contra em 56 (média de 1,07).

Na temporada passada, quando conquistou a vaga no Mundial e ganhou o triplete — Premier League, Copa da Inglaterra e Champions League — o City levou 46 gols em 61 partidas, média de 0,75 gol por jogo. A excelência do sistema defensivo de Guardiola foi alcançada na temporada 2018-19, com 39 gols sofridos em 61 jogos (0,63 de média).

A defesa mais vulnerável ficou em evidência recentemente, nos empates contra o Chelsea (4 a 4) e o Tottenham (3 a 3). Diante do RB Leipzig, pela Champions League, o time levou 2 a 0, mas conseguiu marcar três vezes e virar o jogo.

Um dos motivos apontados para a queda de rendimento é a mudança constante na configuração do time: desde a saída de João Cancelo, no meio da temporada passada, Guardiola tem usado um zagueiro improvisado na lateral-esquerda; Walker, um lateral-direito, já atuou improvisado no centro da defesa; e Stones, zagueiro de origem, foi volante na fase final da temporada passada.

Sem De Bruyne e Haaland?

Os números abaixo da média já seriam um alento para os adversários, mas há outro motivo que dá um fio de esperança aos seis outros participantes: a possibilidade do City não contar com alguns de seus grandes jogadores.

Principal jogador do time nas últimas temporadas, o belga Kevin De Bruyne sofreu uma lesão na primeira partida da temporada e ainda não voltou a jogar. O meio-campista foi incluído na lista de convocados para o Mundial de Clubes, mas Guardiola ainda não confirmou se ele poderá jogar.

Outra possível ausência será Erling Haaland. O artilheiro norueguês não enfrentou o Luton, na 16ª rodada da Premier League, e também não deve entrar em campo contra o Estrela Vermelha, pela Champions League, e o Crystal Palace, pelo Inglês.

"Esperamos que ele possa estar pronto para jogar na Arábia Saudita. Vamos avaliando semana a semana", afirmou Pep Guardiola ao ser questionado sobre o estado físico do artilheiro.

Uma terceira baixa poderia ser o ponta Jeremy Doku, uma das novidades do City nesta temporada. O belga perdeu as duas últimas partidas com um problema no tendão da coxa.

Descaso inglês pode ajudar

Um fator mais subjetivo, mas que também pode ajudar os adversários do Manchester City é a maneira como os clubes ingleses encaram a competição. Enquanto os espanhóis e alemães costumam dar mais importância ao torneio, na Inglaterra o Mundial nunca conseguiu se popularizar.

Duas das últimas três finais perdidas por europeus na competição foram justamente por equipes da Inglaterra: o Liverpool perdeu para o São Paulo em 2005, e o Chelsea para o Corinthians, em 2012. Em 2006, o Internacional venceu o Barcelona na decisão.

Na mídia inglesa, o Mundial é tratado historicamente como uma competição menor — menos importante que a Copa da Inglaterra, por exemplo. Nesse contexto, é improvável que Pep Guardiola arrisque acelerar a recuperação de De Bruyne, ou que coloque Haaland e Doku em campo caso ambos não tenham plenas condições.

O Manchester City estreia no Mundial apenas na terça-feira (19), contra o vencedor do duelo entre o Léon (México) e o Urawa Red Diamons (Japão). O Fluminense estreia na segunda-feira (18) contra um rival que sairá do duelo entre o Al-Ahly (Egito) e o vencedor de Al-Ittihad (Arábia Saudita) x Auckland City (Nova Zelândia). Europeus e sul-americanos precisam vencer para chegar à decisão.

Fonte: Uol.com

Postar um comentário

0 Comentários