
Porto Velho, RO - A câmara baixa do Parlamento da Espanha aprovou nesta quinta-feira (16) a nomeação de Pedro Sánchez como primeiro-ministro para outro mandato, encerrando um impasse prolongado após eleição geral inconclusiva em julho.
A candidatura de Sánchez obteve 179 votos a favor e 171 contra, sem abstenções. Os "nãos" vieram do conservador Partido Popular, do partido de extrema-direita Vox e do único parlamentar da União Popular de Navarra.
O aliado de extrema-esquerda do Psoe, Sumar, os partidos catalães pró-independência Junts e ERC, os partidos bascos PNV e EH Bildu, o BNG da Galícia e a Coalizão Canária votaram a favor de Sánchez, que governa a Espanha desde 2018.
Muitos espanhóis estão irritados com o projeto de lei de anistia, que absolveria políticos e ativistas que participaram de uma tentativa de separar a Catalunha da Espanha, que atingiu seu ápice em 2017. O projeto de lei foi registrado no Parlamento na segunda-feira.
Enquanto a votação era concluída, manifestantes do lado de fora do Parlamento sacudiam barricadas erguidas pela polícia e gritavam sua discordância.
Alberto Núñez Feijóo, cujo Partido Popular conquistou o maior número de assentos na votação de julho, atravessou a câmara para apertar a mão de Sánchez, conforme os parlamentares de esquerda aplaudiam e vibravam, enquanto o líder do partido Vox, Santiago Abascal, saiu.
Feijóo, que acusou Sánchez de minar o estado de direito por causa da anistia, convocou na quarta-feira protestos em massa para sábado, 18 de novembro.
O Partido Popular Europeu (PPE) disse na quinta-feira que o Parlamento Europeu havia aprovado pedido para um debate na próxima semana sobre se a anistia ameaça a independência judicial na Espanha.
Fonte: Agência Brasil
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