Petrobrás tem como atender exigências do Ibama para exploração na Margem Equatorial, afirma Prates

Petrobrás tem como atender exigências do Ibama para exploração na Margem Equatorial, afirma Prates


Licença do Ibama para exploração da região “não deve ser dada a qualquer custo, mas é nosso dever recorrer”, disse o presidente da Petrobrás

Porto Velho, RO - O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, afirmou ao Valor Econômico que a empresa está apta a cumprir as exigências do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para perfuração de um poço na bacia da Foz do Rio Amazonas.

"A licença não tem que ser dada a qualquer custo, mas é nosso dever recorrer", ressaltou Prates sobre a postura da companhia de buscar a retomada do licenciamento.

Ele contou ter tido uma conversa com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), de "ambientalista para ambientalista" - Prates tem mestrado em gestão ambiental. "Disse a ela que quero conciliar uma situação que herdamos, e acrescentei: ‘será que conseguimos lhe dar garantias de que pelo menos a perfuração prospectiva do poço, para dizer se tem óleo no local, pode ser feita agora?’ Se não der, tá bom.

Vamos fazer outra coisa com essa sonda. Ninguém feriu a lei com o que está sendo feito [no Amazonas]. Houve uma portaria conjunta [dos ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente] que supriu ou dispensou a necessidade da AAAS [Avaliação Ambiental da Área Sedimentar] para a licitação desses blocos. A portaria é de 2012 e, em 2013, houve o leilão, alguém foi lá e arrematou.

Depois a Petrobras comprou o bloco, que é uma concessão federal. Temos compromisso com a Agência Nacional do Petróleo [ANP] de perfurar um poço. A licença não tem que ser dada a qualquer custo, mas é nosso dever recorrer. Houve uma negativa com condicionantes e estou dizendo que conseguimos atender a essas condicionantes".

Prates reconheceu, por outro lado, que a decisão final cabe ao Ibama e que o órgão pode manter o indeferimento, como já fez em maio. A exploração da Margem Equatorial, que inclui a região da Foz do Amazonas, é parte dos esforços da Petrobrás para repor suas reservas de petróleo. A empresa reafirmou que a exploração e produção de óleo continuarão sendo prioritárias e que os investimentos em descarbonização aumentarão de 6% para até 15% no período de 2024 a 2028.

Quando questionado sobre os prazos para obter a licença, Prates respondeu que o órgão ambiental não estabelece prazos específicos. Ele afirmou que o Ibama tomará uma decisão com base no recurso apresentado pela empresa, podendo exigir mais condicionantes, conceder a licença imediatamente ou manter o indeferimento.

Fonte: Brasil247

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