Questionada pelo R7, a tia de Ana Flávia, Andréia Veras, afirmou que "não tem interesse nenhum" em visitar a sobrinha na prisão e que, para a família, "ela morreu".
A mulher era irmã do pai da acusada, Romuyuki Veras Gonçalves, que morreu ao lado da esposa, Flaviana de Meneses Gonçalves, e do filho mais novo deles, Juan Victor Gonçalves, de 15 anos, em janeiro de 2020.
Com o adiamento de ao menos cinco julgamentos, agora Andréia espera que a justiça pela morte de seu irmão, da cunhada e do sobrinho seja feita. "A gente espera que seja pena máxima", disse.
A mulher ressaltou ainda que nesta segunda-feira, data marcada para o julgamento, é aniversário de sua mãe, que está mal e chora toda hora por causa do ocorrido.
Investigação
Vítimas do crime
Ana Flávia, filha mais velha do casal, é acusada de ter planejado o crime com a namorada, Carina Ramos de Abreu. De acordo com a polícia, as duas informaram aos outros três suspeitos que havia R$ 85 mil na casa e ajudaram o trio a entrar na residência.
No dia do roubo, segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, eles não encontraram o dinheiro e, depois de ameaçar as vítimas, decidiram matá-las.
Os corpos do casal e do adolescente foram colocados dentro do carro da família e levados a uma estrada de terra, em São Bernardo do Campo. O veículo foi incendiado, e as vítimas, carbonizadas.
À Record TV, Carina Ramos admitiu participação no planejamento do assalto, mas não nas mortes. Ela disse que a ex-namorada tinha arquitetado o crime. Já Ana Flávia afirmou ser inocente e que os assassinatos foram premeditados pela ex-companheira.
Segundo Ana Flávia, Carina a convenceu de que não aconteceria nada à família, a não ser uma simulação de assalto. Os irmãos também se sentiram enganados por Carina ao perceber que não havia dinheiro na casa: "Foi uma cilada que ela arranjou para nós, porque a intenção dela, na verdade, não era roubar o dinheiro, porque não tinha dinheiro; a intenção dela era matar eles".
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