Novo arcabouço fiscal: veja ponto a ponto do texto que deve ser votado na Câmara

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Novo arcabouço fiscal: veja ponto a ponto do texto que deve ser votado na Câmara


Relator da proposta, deputado Cláudio Cajado (PP-BA) fez alterações no texto e adicionou 'gatilhos' e sanções caso as metas não sejam cumpridas.


Porto Velho, RO - 
Com alterações feitas pelo deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), o texto do novo arcabouço fiscal deve ser votado nas próximas semanas pela Câmara. Cajado é o relator da proposta enviada pelo governo no mês passado para substituir o "teto de gastos".


▶️ Contexto: O relator afirmou que a nova versão da proposta possui gatilhos e sanções para caso de não cumprimento de metas fiscais. O texto prevê ainda que:


* seja feita a avaliação bimestral de receitas e despesas.

* o crescimento dos gastos públicos fica limitado a 70% do crescimento da arrecadação do governo, caso a meta seja cumprida (exemplo: se a arrecadação subir 2%, a despesa poderá aumentar até 1,4%);

* o crescimento dos gastos públicos fica limitado a 50% do crescimento da arrecadação do governo, caso a meta não seja cumprida (exemplo: se a arrecadação subir 2%, a despesa poderá aumentar até 1%);

* mesmo que arrecadação do governo cresça muito, será necessário respeitar um intervalo fixo no crescimento real dos gastos, variando entre 0,6% e 2,5%, desconsiderando a inflação do período.

* Sobre o intervalo fixo, confira um exemplo na imagem abaixo, levando em consideração que os gastos do governo fossem de R$ 700 em um cenário com inflação de 5%.





Entenda o arcabouço fiscal em números — Foto: g1


❓ O que são os gatilhos? Os "gatilhos" são mecanismos previstos no texto que pretendem obrigar a contenção de despesas sempre que os gastos do governo ultrapassam certos limites. Veja quais são eles:

* Se as receitas não avançarem como projetado, governo será obrigado a contingenciar despesas;

* Se mesmo contingenciando despesas o governo não conseguir cumprir as metas ficais (zerar déficit em 2024 e ter superávit em 2025 e 2026), gatilhos graduais serão acionados. Confira, a seguir, quais são eles.

1️⃣ 1º ano de descumprimento da meta: Caso o governo descumpra as metas fiscais estabelecidas, no primeiro ano ficarão proibidos:

* criação de cargos;

* alteração de estrutura de carreira;

* criação ou majoração de auxílios;

* criação de despesa obrigatória;

* reajuste de despesa obrigatória acima da inflação;

* ampliação de subsídios e subvenções;
concessão ou ampliação de benefício tributário.


2️⃣ 2º ano de descumprimento da meta: Se o governo descumprir a meta pelo segundo ano seguido, novas proibições serão acrescentadas às existentes, como:


* aumento e reajustes na despesa com pessoal, como aumento de salários;

* admissão ou contratação de pessoal, exceto para reposição de cargos vagos;

* realização de concurso público, exceto para reposição de cargos vagos.


🚨 Penalidades: O descumprimento das metas fiscais não será crime. Por outro lado, o descumprimento dos contingenciamentos e dos gatilhos, atualmente, já é uma infração à Lei de Responsabilidade Fiscal – passível de punição.

❌ Fora dos gatilhos: A pedido do presidente Lula (PT), o relator do projeto deixou fora das regras de contenção de despesas:

* reajuste real do salário mínimo, com aumento acima da inflação;

* reajustes anuais do Bolsa Família.


Fonte: G1

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