Hepatites B e C podem ser transmitidas através de relação sexual desprotegida

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Hepatites B e C podem ser transmitidas através de relação sexual desprotegida



O contágio também pode ocorrer mediante contato com sangue ou secreções

Porto Velho, RO - Para alertar a população sobre os riscos das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), principalmente durante o período carnavalesco, a Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), preparou a série de reportagem ‘Folia Consciente’ com informações sobre as principais IST. Hepatite B e C são tema desta terceira reportagem da série.

As hepatites B e C estão entre as infecções transmitidas através da prática sexual desprotegida com uma pessoa infectada. O contágio também pode ocorrer por meio do contato com sangue em instrumentos como agulhas, alicates, material de tatuagem, secreções e de mãe para filho, no caso da hepatite B.

HEPATITE C

A hepatite C é o tipo mais comum no Brasil e tem 98% de chances de cura quando tratada. É uma doença silenciosa, razão pela qual a maioria das pessoas não sabe que está infectada e acaba descobrindo apenas quando há alguma complicação de saúde.

Os sintomas mais comuns da hepatite C são dor ou inchaço abdominal, fadiga, náusea e vômitos, perda de apetite, febre, urina escura, coceira, amarelamento da pele e olhos, sangramento no esôfago ou no estômago.

Dados do Ministério da Saúde apontam que 65% a 80% dos casos de hepatite C evoluem para a forma crônica; 20% para cirrose e 1% a 5% para câncer de fígado.

HEPATITE B

Todas as unidades básicas de saúde estão preparadas para realizar o teste

Hepatite B é o segundo tipo que mais atinge a população brasileira. Na maioria dos casos não apresenta sintomas. Por causa disso, muitas vezes a doença é diagnosticada muito tempo após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado, como cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Esses sintomas costumam aparecer em fases mais avançadas da doença.

Em adultos com a forma crônica da hepatite B, o risco de desenvolver cirrose ou câncer de fígado é de 20% a 30%.

A médica infectologista Lourdes Maria Borzacov ressalta que pessoas com hepatites B ou C podem ter uma excelente qualidade de vida, mas para isso o diagnóstico da doença precisa ser precoce e o paciente siga o tratamento e as orientações corretamente.

“As hepatites B e C podem se transformar em problema sério de saúde quando descobertas tardiamente. Por isso, a gente orienta que a população procure as unidades de saúde para realizar o teste rápido, mesmo sem apresentar sintomas”.

ONDE BUSCAR AJUDA

Todas as unidades básicas de saúde da zona urbana e rural estão devidamente equipadas, e possuem profissionais de saúde capacitados, para a realização do teste rápido, uma das formas para detecção da hepatite B e C e também de outras IST. O diagnóstico também pode ser feito por meio de exame laboratorial.

Para a médica infectologista, todo cidadão deve realizar a testagem, seja na rede pública ou privada. “Quem usa plano de saúde ou faz consulta particular deve solicitar o exame sorológico para o médico”.

PREVENÇÃO

Na rede pública de saúde há vacinas que previnem contra as hepatites A e B. Não existe imunizante contra a hepatite C.

Além disso, é necessário utilizar preservativo nas relações sexuais, evitar reutilizar materiais de uso único como agulha, seringa, alicate, lâmina de barbear e escova de dente.

"É muito importante fazer a testagem rápida pelo menos uma vez na vida. Pessoas de risco devem procurar o teste com maior periodicidade”, finaliza a médica.

TRATAMENTO

Em casos de diagnóstico positivo para as hepatites, o paciente é encaminhado ao Serviço de Atendimento Especializado (SAE). O tratamento é realizado gratuitamente e busca reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especificamente cirrose, câncer hepático e morte.

CASOS NA CAPITAL

Nos últimos cinco anos, as hepatites B e C registraram juntas 882 novos casos na Capital, sendo 179 em 2022, 168 em 2021, 97 em 2020, 205 em 2019 e 231 em 2018. A baixa das notificações nos últimos anos, principalmente em 2020 e 2021, deve-se à pandemia da covid-19, razão pela subnotificação em diversas outras patologias.


Fonte: Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

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