Assista vídeo: STF retoma atividades em plenário reconstruído após recesso turbulento com ataque de radicais; acompanhe

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Assista vídeo: STF retoma atividades em plenário reconstruído após recesso turbulento com ataque de radicais; acompanhe


Porto Velho, RO - O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza na manhã desta quarta-feira, 1º, a sessão de abertura do Ano Judiciário, após um recesso turbulento com os atos golpistas do dia 8 e em meio a pressões do Legislativo, com a possibilidade de discussões sensíveis à Corte. Apesar de contar com uma pauta sem polêmicas para o primeiro semestre, a Corte máxima tem pontos de tensão a enfrentar em 2023, como o eventual processamento de golpistas denunciados pela Procuradoria-Geral da República, além da substituição de dois de seus ministros - Rosa Weber e Ricardo Lewandowski, que irão se aposentar aos 75 anos de idade, abrindo caminho para o presidente Lula indicar mais dois magistrados para compor o colegiado.É a primeira vez que os ministros do Supremo se reunirão no Plenário da Corte máxima após ele ser devastado por radicais que invadiram o edifício sede do Tribunal no dia 8. Durante cerca de 20 dias, a equipe de restauração do Supremo trabalhou arduamente para recuperar o principal espaço da Corte. O Plenário foi totalmente recuperado e nem parece que foi vandalizado.

A sessão do Supremo desta quarta deve contar com a presença do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente do Senado Rodrigo Pacheco. Também confirmaram presença na cerimônia os presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, e o procurador-geral da República, Augusto Aras.

Enquanto os integrantes da Corte máxima dão início, oficialmente, aos trabalhos de 2023, movimentos semelhantes ocorrem no Congresso, com a posse de senadores e deputados eleitos, além da escolha dos próximos presidentes do Senado e da Câmara.

O STF foi o principal alvo de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante o mandato do ex-chefe do Executivo, o que refletiu na atuação de extremistas durante a ofensiva violenta: cadeiras dos ministros foram jogadas nos jardins e o brasão da República foi arrancado nas paredes do Plenário.

Apesar de marcar a primeira reunião colegiada presencial do STF, a sessão desta quarta mal parece simbolizar o retorno dos trabalhos da corte máxima - em meio ao recesso, os ministros realizaram julgamentos extraordinários no plenário virtual, ratificando decisões do ministro Alexandre de Moraes que fecharam o cerco contra os golpistas.

A atuação do ministro, respaldada pelos demais integrantes da Corte máxima, inclusive resgatou o debate sobre os poderes individuais dos magistrados. Nessa esfera, o Supremo inicia as sessões colegiadas presenciais de 2023 com mudanças no regimento interno na Corte, publicadas no último dia 19.

Aprovadas pelo Supremo no final do ano, as alterações estabelecem que decisões urgentes assinadas individualmente pelos ministros do STF serão submetidas, imediatamente, a referendo do Plenário da Corte máxima. Se o despacho implicar em prisão, a confirmação ou não da medida terá de ocorrer em sessão presencial. Além disso, os magistrados vão ter 90 dias para devolver processos com pedidos de vista ou então os autos serão liberados automaticamente para avaliação dos demais ministros da Corte.

Em meio a um início de ano turbulento, a presidente da Corte, ministra Rosa Weber elaborou uma pauta de julgamentos para o primeiro semestre sem temas polêmicos. Ações sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas, a descriminalização do aborto, a graça concedida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao ex-deputado Daniel Silveira e juiz de garantias ficaram de fora da lista de processos a serem analisados pelo STF, pelo menos até junho.

Após a cerimônia de abertura do ano Judiciário, o primeiro tema a ser enfrentado pelos ministros é da área tributária, envolvendo os 'limites da coisa julgada'. Os magistrados vão discutir se decisões que já autorizaram o contribuinte a deixar de pagar determinado tributo perdem efeito quando a Corte toma nova decisão que considere a cobrança constitucional. Ou seja, se a quebra do efeito é automática ou não. O rol de atividades do STF no primeiro semestre também prevê discussões relativas à esfera ambiental e penal.

O colegiado deve analisar em breve as denúncias apresentadas pela procuradoria-geral da República contra depredadores das sedes do Congresso, Planalto e Supremo, inclusive grupos que foram presos no acampamento bolsonarista montado em frente ao Quartel General do Exército em Brasília.

A decisão de colocar os acusados pelo Ministério Público Federal no banco dos réus tem de partir do Plenário, conforme regra do regimento interno da Corte. Até o momento, 479 investigados foram denunciados por crimes como associação criminosa e incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais.

Fonte: Estadão

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