Líderes do G20 prometem medidas urgentes contra crise alimentar

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Líderes do G20 prometem medidas urgentes contra crise alimentar


Declaração conjunta foi divulgada ao fim da Cúpula de Bali

Porto Velho, RO - Os líderes do G20 se comprometeram hoje (16), em declaração conjunta, a "tomar medidas urgentes para salvar vidas, prevenir a fome e a desnutrição", com foco nos países mais vulneráveis, e pediram transformação para uma agricultura sustentável.

"Comprometemo-nos a proteger da fome os mais vulneráveis, utilizando todos os instrumentos disponíveis para gerir a crise alimentar", diz o texto, que faz parte de uma declaração de 17 páginas aprovada pelos líderes do G20 ao fim da cúpula que termina hoje em Bali.

O documento tem 52 pontos referentes a diferentes temas, vários destinados à segurança alimentar, uma das principais preocupações do grupo das 20 principais potências do mundo, que chegaram a um acordo, contrariando as expectativas.

O grupo promete "tomar ações coordenadas para enfrentar os desafios da segurança alimentar, que inclui o aumento dos preços e o déficit global de matérias-primas e fertilizantes", embora ainda não tenha apresentado medidas concretas.

Uma das possibilidades contempladas - que era acertar, em Bali, a prorrogação do acordo adotado em julho para libertar cereais e fertilizantes russos e ucranianos, que expira em 19 de novembro - não se concretizou.

A declaração apenas destaca a "importância de sua implementação contínua por todas as partes relevantes".

Nesse sentido, pouco antes da divulgação da declaração, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que integra a coordenação e supervisão do acordo, assegurou, em entrevista, que o presidente russo, Vladimir Putin, tinha dado luz verde para renovar.

"Tivemos discussões e sou da opinião que vai continuar e, quando regressar, falarei com Putin e outros interlocutores", disse hoje o líder turco, sem dar detalhes sobre quando essa prorrogação vai vigorar.

O acordo de exportação de grãos foi assinado em julho e, embora tenha sido brevemente suspenso pela Rússia, em outubro, devido a um ataque ucraniano à península da Crimeia, foi retomado logo em seguida e deve terminar no dia 19 deste mês.

Cerca de 10 milhões de toneladas de grãos e outros alimentos da Ucrânia e da Rússia já foram exportados com base nesse acordo ou na Iniciativa de Grãos do Mar Negro, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) na semana passada.

A ONU alertou que o mundo enfrenta crise alimentar global "sem precedentes" e que 2022 pode ser um ano em que o número recorde de pessoas que passam fome seja atingido novamente.

O número de pessoas que sofrem de fome ou desnutrição grave aumentou 22% este ano, para 345 milhões, devido à crise climática, aos conflitos e dificuldades económicas, segundo dados do Programa Mundial de Alimentos (PAM).

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