A embarcação custou R$ 14,4 milhões à Eurotech, empresa que o Santander diz pertencer a Araújo.
São quatro quartos (duas suítes), salas, sauna e espaço para receber 21 passageiros e guardar dois jets ski — tudo no melhor “estilo Eike”. Os advogados do banco destacam que se trata de “um dos iates mais luxuosos do Brasil”.
Além desse ativo, o Santander mira também uma frota de carrões, novos e antigos, mantida por Araújo. As empresas dele detêm modelos da Ferrari, Porsche, Mercedes e McLaren (são 40 veículos, ao todo).
No pedido de penhora, constam ainda duas fazendas e seis terrenos no Pará, além de oito terrenos, uma casa e nove apartamentos em São Paulo (esses últimos nos Jardins). A joia da coroa, junto ao iate e aos automóveis, é um imóvel à beira-mar em Miami.
Mas por que o Santander mira todos esses bens enquanto está atrás de uma dívida enxuta?
Porque Araújo também é alvo de ações movidas por Itaú Unibanco, Bradesco, Citi Brasil, BV e outros credores. As dívidas passam da impressionante marca de R$ 1 bilhão. Enquanto isso, a defesa de Araújo alega que as empresas não conseguem gerar recursos para quitar a pendenga enquanto estão com as contas bloqueadas.
Na última segunda-feira, o desembargador Almicar Guimarães, da 2ª Turma de Direito Privado do Pará, deu prazo de mais 60 dias para que Araújo e o Buritipar busquem acordos judiciais com os bancos, mantendo as execuções paralisadas.
No entanto, não liberou os R$ 21,5 milhões que o grupo diz necessitar para voltar a operar e resolver a confusão. O magistrado quer uma comprovação do cálculo.
Fonte: O GLOBO / Por João Paulo Saconi
0 Comentários