TECNOLOGIA - ‘Árbitro-robô’, nova ferramenta que a Fifa testa no Mundial de Clubes e será usada na Copa do Mundo

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TECNOLOGIA - ‘Árbitro-robô’, nova ferramenta que a Fifa testa no Mundial de Clubes e será usada na Copa do Mundo

Espera-se que, com esta tecnologia, as decisões sobre impedimento sejam conhecidas em meio segundo

Porto Velho, RO - Inovações tecnológicas invadiram o mundo dos esportes ao longo dos anos. De treinamento a dieta, da arbitragem à análise de desempenho, os administradores esportivos estão sempre em uma corrida para ficar à frente dos tempos.

E no futebol, as principais inovações estão relacionadas à tecnologia da linha de gol. Após vários testes, o VAR foi oficialmente adotado no futebol em 2018. Há ainda a Tecnologia da Linha de Gol (Goal-Line Technology), a GLT, usada em estádios de futebol para saber se uma bola ultrapassou ou não a linha da meta.

'Hawk Eye' em homenagem ao britânico Paul Hawkins, que a desenvolveu para a Sony, a tecnologia passou a ser adotada pelas principais ligas da Europa, exceto pela La Liga espanhola. Também é usada em grandes competições internacionais de futebol, como a Copa do Mundo masculina e feminina.

Agora, a mais recente aposta é o árbitro-robô, desenvolvido pela Hawk-Eye, a mesma empresa responsável pela GLT e programado para mais testes na Copa do Mundo.

Espera-se que esses árbitros robôs sejam usados para tomar decisões de impedimento em meio segundo. Câmeras especiais serão acopladas às coberturas dos estádios para serem usadas para criar um 'sistema de rastreamento de membros' dos jogadores, criando esqueletos animados que ajudarão a acelerar o processo de tomada de decisão.

Veja cinco informações saber sobre o árbitro-robô:

1. Não é um robô real

O árbitro-robô não é um robô real. Pelo menos não agora. Pelo contrário, é mais um sistema de análise de dados muito semelhante à tecnologia da linha de gol que utiliza várias câmeras para rastrear e capturar diferentes ângulos da bola em formato 3D.

Mas, em vez de rastrear a bola, o sistema rastreará os membros de cada jogador em campo.

O sistema funciona por meio de câmeras especializadas montadas sob o teto do estádio para dar uma visão panorâmica de tudo.

As câmeras rastreiam 29 pontos do corpo de cada jogador durante uma partida e criam um esqueleto animado de cada com esses dados.

Por ser um sistema avançado de análise de dados, os árbitros-robôs levariam em consideração o tamanho dos pés de cada jogador e outras partes do corpo que estão rastreando, seu posicionamento em cada ponto e, com esses dados, poderão identificar qual parte do corpo estava impedida.

2. Toma decisões de impedimento

Um dos aspectos mais controversos da tecnologia VAR é sua tomada de decisão de impedimento. Assim, os árbitros-robôs têm a tarefa de ajudar os árbitros do VAR a tomar apenas decisões de impedimento e nada mais. Pelo menos por enquanto.

Explicando por que o VAR pode tomar decisões controversas de impedimento e por que os árbitros robôs devem intervir, o diretor de tecnologia e inovação do futebol da Fifa, Johannes Holzmuller, disse que as imagens de vídeo funcionam em quadros e, às vezes, a imagem usada para revisão pode não ter o quadro real de quando um jogador tocou a bola:

— Tocar na bola pode demorar menos do que o tempo entre dois quadros. Há vários milissegundos no meio. Ou seja, o contato completo com a bola pode não estar na foto. O objetivo (dos árbitros robôs) é que a técnica de impedimento seja mais precisa do que a imagem da televisão e o momento exato em que a bola foi lançada.

3. Verificação leva meio segundo

As decisões do VAR geralmente podem levar muito tempo, sobretudo nas questões de impedimento demorando muito mais para serem tomadas, especialmente em situações apertadas.

Com os novos árbitros-robôs, as decisões serão tomadas em apenas meio segundo.

Isso ocorre porque, ao contrário das imagens VAR que geralmente são tiradas de baixo, as imagens do robô seriam geradas de cima. E como as imagens geradas serão analisadas pelo sistema, sem medições manuais.

— Basicamente, trata-se do assistente de vídeo não criar mais as linhas para perguntas de impedimento para determinar uma possível posição de impedimento. O princípio é que o sistema crie as linhas automaticamente e então poderá soa um alarme se houver uma posição de impedimento.

4. Custo é impeditivo

Árbitros robôs podem sofrer baixa adoção devido ao custo, assim como a tecnologia da linha de gol. A partir de 2014, o custo de instalação do sistema GLT em cada estádio variou entre US$ 300 a 500 mil. Há também um custo operacional de cerca de US$ 3.900 por jogo.

Isso sem contar o custo de obter o selo de aprovação da Fifa para usar a tecnologia. As demandas financeiras do uso dessa tecnologia são a principal razão pela qual as grandes ligas de futebol da Europa adotaram a inovação de má vontade (está sendo testada no Mundial de Clubes). Na ocasião, o dirigente de um clube alemão comentou que o custo é tão exorbitante, que o uso da tecnologia não é aceitável.

Atualmente, a La Liga espanhola continua sendo a única liga principal da Europa a não adotar a tecnologia. Estima-se que o custo de aquisição de uma versão aprovada pela FIFA seja de € 4 milhões por temporada. Fora da Europa, a tecnologia é pouco considerada.

5. Substituirão árbitros assistentes

Com tanta assistência tecnológica, por que o jogo ainda precisa de tantos oficiais humanos?

Espera-se que a tecnologia reduza a quantidade de influência humana na atividade do futebol.

A própria natureza da tecnologia em si dá espaço para melhorias futuras. Com a capacidade de rastrear o movimento de cada jogador e com análise de dados altamente especializada, é apenas uma questão de tempo até que os árbitros robôs possam tomar decisões sobre faltas, decidindo se houve contato entre os jogadores.

Fonte: O Globo

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