Professoras sobreviventes da Covid-19 dão suporte para alunos na pandemia em Rondônia

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Professoras sobreviventes da Covid-19 dão suporte para alunos na pandemia em Rondônia

   

O g1 conversou com professoras sobre os desafios diários da educação. Uma perdeu a mãe e dois irmãos para a Covid. A outra sobrevivente ajudou financeiramente a família de um aluno que havia passado mal de fome na escola.

Nesta sexta-feira, 15 de outubro, é comemorado o dia do professor e, como homenagem, o g1 conta as histórias de duas professoras da rede pública estadual de Porto Velho, sobreviventes da Covid-19, que continuam a dar aulas e são suporte para pais e alunos.

Márcia Reis é professora e diretora da escola estadual Mariana, localizada na zona Leste da capital. A educadora sobreviveu a Covid após ser internada com 80% do pulmão comprometido. Ela perdeu a mãe e dois irmãos para o vírus.

"Foram três perdas na família. Mesmo estando destruída, eu ajudei aqueles que estavam sofrendo. Todas as pessoas perderam alguém e cada um encara de uma forma diferente essas perdas. Então quando você escuta a história do outro, quando você dá o acalento para o outro, você troca energia. O aluno fala as mazelas dele e você fala 'puxa vida, eu posso ajudar' e quando você ajuda você se fortalece", contou.



Professora Márcia Reis 


A segunda história é da professora Lívia Samila, que leciona Língua Portuguesa na escola estadual Maria Carmosina, também na zona Leste de Porto Velho. O trabalho como professora começou pouco antes da pandemia, e foi justamente nesse período que ela percebeu que ser professor vai muito além de uma profissão.

Ela começou a ajudar financeiramente a família de um aluno que havia passado mal de fome na escola. Segundo a professora, muitos alunos não conseguiam o direito de estudar por passarem necessidades em casa.

"A gente viu que muitos de nossos alunos estavam em situações ruins, precisando de auxílio, porque a realidade de muitos é vir pra escola para comer. E aí a gente viu que naquele momento alguns alunos não tinham o que comer. Quem é que estuda com fome? Ninguém consegue se concentrar com fome", desabafou.

"Durante a pandemia os alunos começaram a ter acesso ao meu e-mail institucional e acesso ao meu telefone. Então não era incomum, vez ou outra, chegar pedido de ajuda. Eu me dispunha a ajudar dentro do que eu podia fazer. Não tem como você vê o aluno falar que precisa de alguma coisa e não fazer nada, você não tapa os olhos".



Professora Lívia Samila


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