Exaltado e aos berros contra fake news que o ligava a ‘ideologia de gênero’, vereador desmaia no plenário

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Exaltado e aos berros contra fake news que o ligava a ‘ideologia de gênero’, vereador desmaia no plenário



Foto: reprodução/Câmara de Divinópolis

O vereador Diego Espino (PSL) desmaiou durante pronunciamento no plenário da Câmara Municipal de Divinópolis, a 120 km de Belo Horizonte, quando, exaltado e aos berros, discursava contra uma ‘fake news’ que o relacionava a ‘ideologia de gênero‘ por seu projeto que permite às pessoas transgênero o uso do nome social em Divinópolis. O caso ocorreu nesta quinta-feira, 28. A sessão precisou ser interrompida.

Ao mostrar uma imagem que afirmava que ele havia apresentado um projeto para ‘implantar ideologia de gênero’ em Divinópolis, o vereador se exaltou e, aos gritos, chamou quem o relacionou ao tema de ‘cambada de vagabundo sem vergonha‘ e ‘covardes‘, defendendo que ‘nunca foi a favor da ideologia de gênero‘. O projeto apresentado por ele defende que as pessoas transgênero sejam chamadas pelo nome social, escolhido por elas, e não pelo nome de batismo. O vereador reforça, no discurso, que “é uma escolha de opção sexual e a gente tem que respeitar isso“.

Furioso, mandou um recado a quem criou e divulgou a arte pelas redes sociais. “Meu nome é Diego Espino e vocês não vão f* comigo, não. Eu estou ao lado dessas pessoas, sim, pessoas que sofrem desde menino. Isso é identidade de gênero, a pessoa pode escolher o que ela quer ser e vocês têm que respeitar”, disse, batendo na bancada. “Eu estou aqui pelo certo. Essa lacração de esquerda e de direita tem que acabar“, afirmou, ofegante.

Depois de cerca de 7 minutos de pronunciamento, o vereador esbraveja que quem o relacionou com ‘ideologia de gênero’ deveria ‘peitá-lo’, os chama de ‘cambada de vagabundo sem vergonha’ e diz que ‘vocês vão ter que me segurar’, e logo acaba desmaiando. O vereador conta que naquele dia havia comido apenas um pão de queijo e, ao abaixar para pegar o papel no chão num momento de estresse, sentiu-se mal.


“É um projeto muito simples e quiseram atribuir a mim uma colocação de ‘ideologia de gênero’, que é uma pauta complexa que eu não costumo falar. Eu acho que o político deveria se preocupar em trazer algo que fizesse realmente diferença na vida da população: melhorar os hospitais, trazer emprego, mexer nos impostos. A gente fica gastando tanto tempo com essas pautas que não chegam realmente às pessoas que mais precisam”, reflete, em entrevista à reportagem do Estadão.

Sobre a repercussão do caso, o vereador afirma não ter imaginado que tomaria essa proporção, mas acabou considerando algo positivo. “É um assunto que tem que se tratar, de toda forma. O intuito do discurso como um todo é o respeito. O que eu quis dizer ali é que as pessoas, os negros, os gays, têm direito à sociedade e todo mundo tem que ter respeito às pessoas e às escolhas delas”, conclui.

Pelas redes sociais, afirmou que faria exame toxicológico para provar que não estava sob efeito de drogas durante a sessão, acusação que diz ter sido feita por pessoas da cidade e que considerou ‘mais uma fake news’ e ‘mais uma intriga da oposição’. Pediu, ainda, que as pessoas tenham mais cuidado ao falar do outro e ‘mais empatia com o ser humano’.

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