Porto Velho, RO - Embora tenha sinalizado a intenção de acelerar o andamento da votação da PEC (proposta de emenda à Constituição) que altera o sistema de eleição para cargos do legislativo e cria o chamado distritão, Arthur Lira (PP-AL) ainda mantém conversas e deve levar em conta a opinião de presidentes de partidos, vários contrários à ideia.
Na Câmara, entre os parlamentares, a leitura é que há votos de sobra, cerca de 400, para aprovar a mudança mesmo contra a vontade dos caciques partidários.
Pelo modelo proposto, vereadores e deputados deixam de ser eleitos de forma proporcional, que leva em conta os votos do candidato e do partido, e somente os mais votados são escolhidos.
O formato fortalece políticos, em especial os mais conhecidos, e enfraquece siglas.
Um dos mais incomodados é Gilberto Kassab. “A reforma politica é uma das mais relevantes para o Brasil. Ela já foi feita em 2018 e não tem sentido fazermos qualquer alteração antes de passar pelo primeiro teste. Tenho respeito por todas as opiniões, porém, o distritão é difícil ter respeito porque quer acabar com a politica”, disse ao Painel o presidente do PSD.
“Todo parlamentar está eleito, tem legitimidade seus votos, mas nessa questão não pode pensar no que é melhor pra si próprio, tem que pensar no Brasil”, completou.
No seu partido, diversos parlamentares estão apoiando a ideia, assim como vem ocorrendo em outras siglas.
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