Delegado afirma que Vaticano sabia das denúncias contra padre Robson e esperava investigação para se posicionar

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Delegado afirma que Vaticano sabia das denúncias contra padre Robson e esperava investigação para se posicionar




Padre Robson de Oliveira Pereira

O superintendente de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP), delegado Alexandre Pinto Lourenço, afirmou que antes de a investigação contra os supostos desvios de dinheiro da Associação dos Filhos do Pai Eterno (Afipe), em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia (GO), chegar à Polícia Civil e ao Ministério Público de Goiás, o Vaticano tinha conhecimento e acompanhava as denúncias contra o padre Robson de Oliveira Pereira, fundador e presidente da entidade. De acordo com o MP-GO e a Polícia Civil, pelo menos R$ 120 milhões foram desviados para a compra de imóveis de luxo não ligados à atividade religiosa

"Eles narraram que já tinham ciência e que estavam acompanhando as denúncias. Pelo que percebemos, eles tinham um conhecimento avançado da situação. Porém, não nos disseram se havia em curso alguma investigação interna pelo Vaticano", afirmou Lourenço. Seu relato foi publicado no portal G1.

Segundo o investigador, é "no mínimo suspeito" os pagamentos ocorrerem mesmo com a Polícia Civil atuando sobre o caso. "Se ele não devia nada, por que insistiu e fez pagamentos mesmo sendo acompanhando por policiais civis? Pagamentos foram feitos de forma ocultada à investigação. É no mínimo suspeito. Algum problema existia no caso", acrescentou.

De acordo com o delegado, pessoas da Igreja Católica fizeram chegar ao Vaticano as possíveis ilegalidades praticadas pelo padre com o dinheiro doado por fiéis do Brasil inteiro. Além de carros de luxo, teria sido comprada uma fazenda no valor de R$ 6,3 milhões e uma casa na praia de Guarajuba (BA), no valor de R$ 3 milhões.

A Arquidiocese de Goiânia, responsável pelo Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade, disse não ter recebido informações sobre as denúncias. Em nota, a entidade afirmou que "nunca houve qualquer questionamento por parte do Vaticano em face da Afipe ou da pessoa do padre Robson de Oliveira e, se houve algum contato com o secretário de Segurança Pública, não foi com representantes do Vaticano".

Mas a Arquidiocese não responde pela Ordem Redentorista e recomendou que fossem procurados.

A Ordem Redentorista cuida da Congregação da Igreja Católica.



Fonte: Brasil 247/(Foto: Afipe/Divulgação)

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