Isso porque informações sobre a ditadura norte-coreana são difíceis de serem confirmadas. A Coreia do Norte está entre os regimes mais fechados do mundo, e não relata com transparência o que ocorre com Kim ou outros dados do país.
As primeiras notícias de que Kim estava "em estado grave" foram transmitidas por fontes do governo dos Estados Unidos à imprensa norte-americana. Além disso, um site mantido por desertores da Coreia do Norte também publicou que o ditador teve as condições agravadas devido à obesidade e ao hábito de fumar.
A China, que mantém laços com o regime norte-coreano, disse não ter registro sobre o ditador. O governo da Coreia do Sul — que monitora a ditadura vizinha — não confirmou o estado de saúde, mas reconheceu que Kim passou por cirurgia.
Apenas no domingo (26) Moon Chung-in, conselheiro especial de segurança do presidente sul coreano, Moon Jae-in, disse à emissora de TV dos EUA Fox News que Kim está "vivo e saudável", mas sem apresentar mais informações.
E, oficialmente, o governo dos EUA também não comprovou a história. O presidente Donald Trump disse na terça-feira (21) que "ninguém confirmou que o presidente da Coreia do Norte está doente".
Como os rumores começaram?
Kim Jong-un faltou ao evento de comemoração do aniversário do avô, Kim Il-Sung, que ocorreu em 15 de abril. Mesmo morto em 1994, o ex-ditador é considerado um líder até hoje pelo regime norte-coreano.
Na época, especulou-se que a ausência de Kim era uma medida protetiva contra o novo coronavírus. A Coreia do Norte, oficialmente, diz que não tem nenhum caso de Covid-19 — o que é contestado por observadores internacionais.
A última fotografia em que Kim aparece data de 12 de abril e o mostrava inspecionando aviões militares.
Fontes que monitoram o regime norte-coreano, então, relataram que Kim faltou ao evento após passar por cirurgia cardiovascular no início do mês.
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