Guaidó diz que voltará à Venezuela mesmo diante de 'ameaças' do regime de Maduro

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Guaidó diz que voltará à Venezuela mesmo diante de 'ameaças' do regime de Maduro



O autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou durante entrevista em Brasília nesta quinta-feira (28) que, mesmo diante de ameaças que vem recebendo do regime de Nicolás Maduro, irá retornar à Venezuela até a próxima segunda, 4 de março.


Principal líder da oposição ao governo de Maduro, Guaidó chegou a Brasília na madrugada desta quinta. Pela manhã, se reuniu com diplomatas de países da União Europeia.


À tarde, encontrou-se com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Depois da reunião, os dois fizeram um pronunciamento no Palácio do Planalto. Após o pronunciamento, Juan Guaidó concedeu entrevista a jornalistas brasileiros e estrangeiros.



"Como todos sabem, eu recebi ameaças pessoais, familiares e também ameças de encarceramento por parte do regime de Maduro. Mesmo assim isso não vai evitar o nosso retorno à Venezuela, neste fim de semana, no mais tardar na segunda-feira", disse o autoproclamado presidente da Venezuela.




Segundo o líder oposicionista, a resposta do regime de Maduro às reivindicações da oposição e do "povo venezuelano", "não pode seguir sendo repressão, perseguição, massacrar indígenas, como fizeram em Santa Elena de Uairén".


Durante a entrevista, Guaidó repetiu que a Venezuela vive hoje em um regime de ditadura que persegue e prende adversários políticos. Ele acusou o governo Maduro de queimar alimentos e medicamentos que seriam destinados ao povo venezuelano, como forma de impedir a ajuda humanitária oferecida por países que não reconhecem mais o governo do atual presidente.


"A Venezuela está entre dois caminhos: a ditadura e a democracia", enumerou.


Segundo Guaidó, no momento a Venezuela tem cerca de mil presos políticos. E, segundo ele, mais de mil exilados que continuam a luta “cada vez mais intensa” pela democracia no país.



“A fórmula de violência, a fórmula da perseguição, não funciona e não está funcionando. Só está atrasando o inevitável: uma transição democrática na Venezuela”, disse o líder da oposição.





Guaidó ressaltou que nos últimos cinco anos foram tentados três processos de negociação com Maduro, a fim de assegurar eleições livres no país, com a possibilidade de observação internacional e de auditoria do resultado.


“A exigência do povo da Venezuela era uma eleição livre, com um árbitro imparcial, o direito de eleger e de ser eleito”, declarou, acrescentando que a prisão de adversários políticos e de concorrentes de Maduro em processos eleitorais "não pode ser parte de uma eleição livre".




'Risco'




Guaidó declarou que "durante anos" o exercício da política em seu país foi "criminalizado", com perseguições e assassinatos políticos. Segundo ele, apenas essa perseguição não é criminalizada no país, o que representa um risco para quem faz política.


"Claro que há um risco, inclusive de vida, o exercício da política na Venezuela, mas também temos um dever, resolvemos entregar nossa vida ao serviço de um país", disse.


O líder de oposição defendeu a busca por eleições livres e declarou que seu movimento não desistirá, pois está "perto" do triunfo.


"Vamos seguir insistindo porque estamos cada vez mais perto desse triunfo da democracia na Venezuela e na região", declarou.

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