Bancos de Sangues da FHEMERON do interior de Rondônia relatam até falta de tubos para doentes renais

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Bancos de Sangues da FHEMERON do interior de Rondônia relatam até falta de tubos para doentes renais



Porto Velho, RO – A situação do banco de sangues de Cacoal está no seu limite, pois atende pacientes da cidade que tem um dos maiores centros médicos do interior de Rondônia.

A situação está a cada dia piorando na FHEMERON unidade de Cacoal, que não tem tubos para coletas de pacientes renais, a situação não é diferente nas cidades de Ji-Paraná e Ariquemes.

Segundo apurou a reportagem do jornal O OBSERVADOR na cidade de Ariquemes um paciente está com Hemoragia Digestiva e já utilizou um B- e quatro O negativo ontem e hoje vai levar mais quatro bolsas O negativos, outro caso apurado.

A falta de reagentes está complicando a vida dos trabalhadores da FHEMERON e reclamam que se não chegar com urgência o material vai ser impossível continuar o trabalho dos pacientes graves da Oncologia e Hemodiálise.

Hemodiálise e Diálise qual a diferença
O funcionamento do nosso organismo depende muito da capacidade que os Rins têm, De filtrar o Sangue;

Regular a Pressão Arterial; Excretar as toxinas oriundas do metabolismo, por exemplo, a Ureia e Creatinina;

Produção de Hormônios importantes como Eritropoietina (estimula produção de hemácias); Aldesterona (eleva a pressão arterial);

Cininas e Prostaglandinas; Eliminação de Substâncias Exógenas como Fármacos; Manter o equilíbrio de Eletrólitos no organismo (Sódio, Cálcio, Potássio, Magnésio, Fósforo, Bicarbonato, Cloro e outros);

Regular o equilíbrio Ácido-Básico, Mantendo o PH Sanguíneo constante; Regular a Osmolaridade e volume de líquido corporal, retirando do corpo o excesso de líquido;

A Produção de Urina para desempenhar suas funções de excreção. Quando, por alguma razão, essa estrutura é alterada, os Rins passam a funcionar de forma precária surgindo à Insuficiência Renal que pode ser passageira ou crônica.

Nesse último caso, o processo de filtração fica tão comprometido que precisa ser substituído artificialmente pela Diálise Peritoneal ou Hemodiálise.

Dialise Peritonial
É o processo de Depuração do Sangue no qual a transferência de Solutos e Líquidos ocorre através de uma Membrana Semipermeável (Peritônio) que separa dois compartimentos. Um deles é a Cavidade Abdominal, onde estão contidas as soluções de diálise, o outro é o Capilar Peritoneal, onde se encontra o sangue com excesso de Escorias Nitrogenado, Potássio e outras substâncias. O Peritônio age como um filtro, permitindo a transferência de massa entre os dois compartimentos. Consiste em uma Membrana Semipermeável, Heterogênea e com múltiplos poros de diferentes tamanhos. A Diálise Peritoneal é uma terapia de substituição Renal.

Como Funciona A Dialise Peritonial
A Membrana Peritoneal é bem vascularizada. O sangue que circula na Membrana Peritoneal, assim como o sangue de todo o corpo, está com excesso de Potássio, Ureia e outras substâncias que devem ser eliminadas na Diálise Peritoneal, um líquido especial, chamado Solução para Diálise, entra no abdômen através de um cateter.

As substâncias tóxicas passarão, aos poucos, através das paredes dos vasos Sanguíneos da Membrana Peritoneal para a Solução de Diálise. Depois de algumas horas, a solução é drenada do Abdômen e a seguir volta-se a encher o Abdômen com uma nova Solução de Diálise para que o processo de purificação seja repetido. Alguns dias antes da primeira Diálise, o cateter que permite a entrada e a saída da Solução de Diálise da Cavidade Abdominal é colocado através de uma pequena cirurgia.

O cateter fica instalado permanentemente. Para realizar a mesma função de um Rim normal, trabalhando durante quatro horas. São necessárias 24 horas de Diálise Peritoneal ou 4 horas de Hemodiálise.

A Diálise Peritoneal realizada no hospital é planejada segundo as necessidades do paciente, tendo em vista a situação da Insuficiência Renal terminal. A Diálise também pode ser realizada no domicílio do paciente, em local limpo e bem iluminado.

Neste caso é conhecida como DPAC (Diálise Peritoneal Ambulatorial Crônica). O próprio paciente introduz a solução na Cavidade Abdominal, fazendo três trocas diárias de quatro horas de duração e, depois de drenada, nova solução é introduzida e assim por diante.

Dependendo do caso, pode permanecer filtrando durante a noite. A DPAC permite todas as atividades comuns do dia-a-dia, viagens, exercícios, trabalho. A Diálise Peritoneal pode ser usada cronicamente por anos, exigindo do paciente somente visitas médicas periódicas.

Hemodiálise
A hemodiálise é um processo no qual uma maquina limpa e filtra o Sangue, fazendo o trabalho que um Rim doente não consegue fazer. Os Rins são os órgãos responsáveis pela filtragem do nosso Sangue, que reabsorve várias substâncias úteis ao nosso organismo.

Eles são os únicos órgãos do corpo humano que podem ser substituídos por uma máquina, embora essa substituição não seja perfeita. Através da Hemodiálise, pessoas que possuem suas funções renais prejudicadas têm a oportunidade de manter uma vida próxima do normal, podendo praticar atividades físicas, trabalhar, viajar, etc.

A Hemodiálise é feita através de uma máquina que filtra artificialmente o Sangue. Nessa máquina, o Sangue da pessoa circula através de um Rim Artificial cheio de tubos com Membranas Semipermeáveis. Esses tubos se encontram mergulhados em uma solução que contém as mesmas substâncias que se encontram presentes no Sangue, como a Glicose, Sais, entre outros.

Como essa solução em que os tubos se encontram mergulhados possui as mesmas concentrações que o Sangue, apenas as substâncias tóxicas e impurezas saem do Sangue através de difusão, pois se encontram em concentrações diferentes.

A fim de retirar e devolver o sangue para o corpo do paciente, durante a Hemodiálise é necessário que se construam Fístulas Arteriovenosas, onde, através de uma Cirurgia Vascular, se liga uma Artéria a uma Veia, criando uma Veia Periférica com alto fluxo sanguíneo e mais resistente a punções repetidas, necessárias para a Hemodiálise.

Cada sessão de Hemodiálise dura entre quatro a seis horas, e deve ser feita pelo menos três vezes por semana. Mesmo com os benefícios da Hemodiálise, o paciente pode apresentar complicações como Hipertensão Arterial, Anemia severa, Descalcificação, Desnutrição e Hepatite, que podem ser tratadas e controladas a cada sessão de Hemodiálise.

Todos os pacientes que fazem Hemodiálise devem fazer exames mensais para medir as taxas de Ureia, Fósforo e Ácido Úrico; e também exames para verificar o estado dos ossos, a fim de evitar a Descalcificação.

Esses pacientes também fazem uso de medicamentos antes das sessões (como a Heparina, que evita a Coagulação Sanguínea) e também durante e depois das sessões (como Vitaminas do Complexo B e Vitaminas C, que ajudam a mobilizar os estoques de Ferro do organismo).

É importante que o paciente faça uso de alguns medicamentos em casa, como Carbonato e Carbonato de Cálcio, que impedem a absorção de Fósforo, evitando doenças ósseas. É muito importante que pacientes que fazem Hemodiálise tenham cuidado com a alimentação, pois o consumo de certos alimentos (como Doces e Salgados) pode aumentar a ingestão de água.

Como há uma diminuição da urina, os líquidos e o sal ficam acumulados no corpo, originando os inchaços e o aumento da Pressão Arterial.

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