IFRO comemora Dia do Irmão contando histórias de alunos

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IFRO comemora Dia do Irmão contando histórias de alunos



Dividir a mãe, dividir o pai, dividir a casa e também a escola. No caso, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia. Essa é a realidade de muitos dos nossos estudantes que têm irmãos matriculados nos campi, uns na mesma unidade, outros em municípios diferentes. Hoje (05), no Dia do Irmão, o IFRO abre o álbum de recordações e conta um pouco da realidade desses jovens, que além de dividirem vários momentos dentro do Instituto, multiplicam o orgulho da família e da própria instituição.



Sempre ao seu lado

Imagine percorrer os corredores do IFRO e ser confundido com sua irmã. Imaginou? Pois é, essa a realidade de Michely e Melissa Andrade Zamai, que estudam o curso Técnico em Agropecuária, no Campus Ariquemes. “Pelo fato de sermos gêmeas, sempre confundem a gente”, diz Michely. Melissa completa: “Nos primeiros dias de aulas e também durante o JIFRO [o Campus Ariquemes sediou o evento esportivo em julho de 2018]”. As duas ficaram sabendo do ensino ofertado pelo IFRO através de uma amiga e resolveram se inscrever. Desde a aprovação até hoje elas colecionam memórias vividas dentro e fora da instituição, como por exemplo, a visita técnica que fizeram em um meliponário de abelhas sem ferrão, no município de Alto Paraíso (RO). E os estudos também são realizados em conjunto. “Ela sempre me ajuda, e eu também sempre ajudo ela”, fala Melissa.

Cumplicidade e companheirismo são o que marcam as respostas para a pergunta sobre o que uma irmã significa para a outra. “Tudo! Ela é meu porto seguro. Sei que ela sempre estará lá quando eu precisar, ela é a pessoa em quem eu mais confio”, confidencia Melissa. “Ela está sempre comigo nos momentos bons e ruins. Enfim, amo muito ela, e não sei o que seria de mim sem ela”, completa Michely.

Quem também acaba confuso é o pessoal do Campus Porto Velho Zona Norte. Lá as irmãs Amanda e Raíssa de Souza Pereira, que também são gêmeas e estudam o curso Técnico Concomitante em Administração, volta e meia são confundidas por professores e colegas. “Somos gêmeas, mas não somos tão parecidas assim. No entanto, tem muita gente que quando nos conhece nos confunde, mas depois sabem diferenciar quem é quem. Teve uma vez que uma professora do segundo período foi aplicar uma prova na sala dela [falando de Raíssa] e depois na minha, ela ficou me olhando e perguntou se eu queria fazer prova novamente. Então tive que ir à sala da minha irmã buscá-la para provar para a professora que não era a mesma pessoa, e que não ia fazer a prova novamente”, diz animada Amanda.

Sobre os estudos, Raíssa diz que as duas tentam “[...] ao máximo agregar um conhecimento ao outro, o que uma não sabe, a outra ajuda nas dúvidas. Estudamos juntas para poder desenvolver melhor no IFRO e fora da escola. Na escola [se referindo à escola estadual onde estuda o ensino médio] estudamos em salas separadas desde pequenas, mas ano passado ficamos na mesma sala, e foi assim até hoje”.



IFRO em dobro

Aprender a lidar com a individualidade é um dos desafios enfrentados pelas gêmeas Brenda e Bruna Azevedo Batista. Elas estudam o 1° ano do Ensino Médio Integrado Técnico em Alimentos, no Campus Jaru. “Nós sempre fomos inseparáveis e estudamos juntas desde a infância. Conhecemos o Ifro quando estávamos no 9° ano e vimos o Instituto como uma oportunidade. Após o ingresso na instituição começamos a nos interessar mais pela tecnologia de alimentos e pretendemos ser futuras Engenheiras de Alimentos”, relata Brenda.

A parceria entre as duas é tão forte que, quando não estão no mesmo grupo de trabalho, ficam tristes. “Porém estamos aprendendo a lidar com essa individualidade, amamos estudar, realizar as atividades, tarefas e pesquisas juntas, sempre estamos nos ajudando para que consigamos alcançar nossos objetivos”, explica Bruna.

As irmãs também compartilham hobbies, como o balé e a produção de vídeos musicais, os quais compartilham em uma rede social. “Temos um canal no YouTube onde gravamos vídeos interativos. O canal se chama Brenda e Bruna Superstar, já temos 5.300 inscritos”, comenta com orgulho Brenda.



Toca aqui, parceiro!

Aquele assunto está complicado para entender? A quem recorrer? Os irmãos Lucas e Mateus Rodrigues Gomes, que estudam o Curso Técnico de Eletrotécnica no Campus Porto Velho Calama, se ajudam quando as dúvidas aparecem. “Como é estudar com meu irmão? Não é nada difícil, fica até mais fácil, porque eu o ajudo nas dificuldades, ele me ajuda em outras e fica mais fácil o aprendizado com o irmão, porque vocês estão discutindo um mesmo assunto, então é mais tranquilo aprender os conteúdos”, conta Lucas.

Quem também ajuda a irmã em caso de dúvidas nas disciplinas do curso Técnico em Administração do Campus Porto Velho Zona Norte, é Igor Gabriel Silva Siqueira. O estudante, sempre que pode, repassa o conteúdo visto em sala de aula com a irmã Maria de Fátima Silva Siqueira. “Quando cada um tem uma dúvida, resolve com o outro. Em casa estudamos juntos no computador, o que ajuda muito no nosso aprendizado. É bom estudar com minha irmã, porque um acaba auxiliando no estudo do outro”, ressalta.

Ananias Kaled Rodrigues Regis estuda Eletrotécnica no Campus Porto Velho Calama e entrou no curso por influência da irmã Ana Karolyne Rodrigues Regis, que já estudava na unidade o curso técnico de Informática. “Minha irmã já estava no IF e falou sobre os esportes. Também comentou sobre a questão de ensino e projetos. Tudo isso me chamou atenção”, comenta acrescentando que sempre que possível os dois se ajudam mutuamente: “Mesmo que nossos cursos sejam diferentes, temos matérias parecidas, como matemática, português, entre outras. Portanto, acabamos nos ajudando”.



Quando bate a saudade

Nem sempre nossos sonhos são compostos de adições, às vezes, para crescer, precisamos subtrair. No caso de Tainá Sousa, que estuda Arquitetura e Urbanismo no Campus Vilhena, a subtração aconteceu quando ela saiu da casa da mãe, em Ji-Paraná, para estudar em Vilhena, onde mora até hoje com a tia e a avó. A mudança a separou fisicamente da irmã mais nova, Nathalya Sousa Oliveira. “Sempre fomos muito companheiras. E de certa forma, no momento que vim pra Vilhena pra estudar no Ifro, essa separação foi bem complicada pra nós”, desabafa Tainá.

Já estudando Edificações no Campus Vilhena, Tainá comentava com frequência para a irmã sobre a instituição, o que estimulou Nathalya a querer estudar no IFRO. “Eu sempre quis entrar no Ifro, desde o fundamental. Depois que entrei, chegou a vez dela decidir e, claro, eu fiz a maior propaganda. Ela teve medo quando eu disse que seria puxado, com contraturnos, trabalhos e provas, mas acabou aderindo a ideia”, conta entre gargalhadas.

Nathalya não se deixou intimidar, e ao terminar o ensino fundamental, se inscreveu no Curso Técnico em Informática no Campus Ji-Paraná. Hoje, já terminando seu curso, a irmã mais nova relembra um dos momentos que mais marcou a dupla no IFRO. “No dia da formatura da Tainá, pude ver o quanto sinto orgulho dela. Foi tudo muito emocionante pra nós da família, principalmente pelo fato de que ela decidiu cursar Edificações ainda muito cedo, logo, como o curso não existia aqui em Ji-Paraná, resolveu que iria para Vilhena, mudando tudo do dia pra noite. Essa mudança mexeu muito com todos aqui de casa, especialmente comigo, que sempre fui muito apegada a ela. Então, devido à distância e todos os outros fatores, foi muito gratificante vê-la feliz e realizada, acredito que tudo valeu à pena”, diz emocionada.



Eu, você, nós e o IFRO

Espaço de vivências múltiplas, o IFRO guarda muitas histórias, dentre elas a dos irmãos Ana Karolina Duarte Mielke, de 17 anos, que cursa o 3º ano do técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio, e Thiago Duarte Mielke, técnico em agropecuária e também acadêmico da Licenciatura em Ciências Biológicas ofertada pelo Campus Colorado do Oeste. Os dois nasceram e moraram na zona rural do município de Jaru até terminarem o ensino fundamental. “Estudamos todo o ensino fundamental em escolas bem precárias e o Thiago, apenas com 14 anos, teve a oportunidade de ir estudar no IFRO [em Colorado do Oeste]. No início foi muito difícil para ele ficar longe da família, mas hoje tenho certeza que todo esforço valeu a pena”, narra Ana Karolina.

E a escolha de Thiago influenciou Ana Karolina na hora de decidir em qual instituição estudaria o ensino médio. “O fato de ser o irmão mais velho e que já vivenciou a realidade do IFRO fez com que eu estimulasse a minha irmã a também estar aqui, e não só estudando, mas também buscando as oportunidades. Dentro da instituição eu participei do programa de mobilidade internacional [PIPEEX] em um ano e no outro ano quando saiu a possibilidade dos alunos do curso técnico também tentarem o programa, eu a incentivei para que também buscasse essa possibilidade de estudos no exterior”, relembra Thiago, informando que estudar no mesmo lugar que a irmã o deixa “[...] um tanto protetor. E no meu caso, o fato dela cursar o mesmo curso que eu já cursei, fez com que eu a orientasse sobre quais eram talvez os caminhos mais assertivos a se escolher. Acho que a gente é muito paizão nessa situação, porque quero que ela tenha sucesso.”

Longe do restante da família, os irmãos contam com o suporte mútuo para afastar a saudade dos pais. “Sempre comentamos sobre como foi o nosso dia ao chegar em casa. Sempre que tenho dificuldade em alguma matéria, ele tira algum tempinho para me ajudar. Procuramos sempre ser unidos para suprir a falta da nossa família que, no meu caso, só vejo nas férias”, fala Ana Karolina, que acabou ganhando um apelido da comunidade do campus devido a sua semelhança com o irmão. “O Thiago é muito querido pelos alunos e servidores do IFRO, o que me fez também ter contato com todos. Inclusive recebi o apelido de Thiaguinha por me parecer bastante com ele [jeito de ser e fisicamente]”.

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